Recentemente, a dançarina e influenciadora digital baiana Lore Improta revelou, por meio de suas redes sociais, que sua filha Liz, de apenas dois anos, foi diagnosticada com alergia a ovo. A revelação da famosa reacendeu a discussão sobre a importância do tratamento e prevenção às alergias alimentares. Atualmente, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 200 a 250 milhões de pessoas sofrem com alergia a algum tipo de alimento em todo o mundo.
Muito comum em crianças entre 0 e 6 anos de idade, a alergia é caracterizada como uma reação que envolve mecanismos imunológicos, após contato ou consumo de alimentos em que o organismo não reconhece. Nutricionista e professora do curso de Medicina da Universidade Salvador (UNIFACS), Mirela Carvalho aponta que, embora qualquer alimento possa ser um potencial causador de uma alergia, as mais comuns são a camarão e frutos do mar em geral, amendoim e leite de vaca. “As alergias alimentares se apresentam de diversas formas. Crianças que desenvolvem alergia à proteína do leite de vaca, por exemplo, nos primeiros meses de vida, geralmente ficam boas até o 1° ou 2° ano de idade. Já a alergia a camarão e frutos do mar, geralmente, perduram por toda a vida”, explica a especialista. Dentre os principais sintomas causados por alergia a algum tipo de alimento estão: coceira, erupções na pele, inchaço nos lábios, língua, rosto ou outras partes do corpo, dor abdominal, diarreia, náusea, vômito, congestão nasal, espirros, tosse, falta de ar, chiado no peito, tontura, desmaio e até anafilaxia, uma reação alérgica grave e potencialmente fatal que pode causar dificuldade extrema de respirar, queda abrupta da pressão arterial e perda de consciência. Como tratar Mirela Carvalho destaca que não existe reação sem exposição, portanto, a principal forma de tratar a alergia é excluir o alimento alérgeno. Contudo, a especialista lembra que somente o médico poderá fazer um diagnóstico mais preciso do tipo de alergia. “É necessário identificar o alimento alergênico, e o padrão ouro é exatamente a exposição ao alimento para confirmação. No entanto, pacientes com reações mais graves têm orientações mais específicas”, alerta. A nutricionista também destaca que é necessário ter muita atenção aos rótulos dos alimentos, em especial à presença de alimentos alergênicos, e reforça que pacientes com diagnóstico de alergia devem evitar a exposição, realizando testes de provocação oral apenas quando orientado pelo médico.
“Além disso, pacientes com alergia diagnosticada devem procurar um nutricionista para fazer a substituição dos alimentos alergênicos, evitando um prejuízo nutricional”, finaliza a professora da UNIFACS, cujo curso de Medicina é parte integrante da Inspirali. |