O governo do Amapá confirmou a morte de duas crianças por sarampo, uma na capital Macapá e outra no município de Pedra Branca do Amapari. Óbitos por sarampo não ocorriam há pelo menos duas décadas no estado.
Nos dois casos, as crianças não estavam vacinadas, pois a imunização começa apenas aos 6 meses e as crianças eram mais novas quando contraíram a doença. Os diagnósticos foram confirmados pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
O caso na capital do estado ocorreu no dia 28 de março. A criança de Pedra Branca do Amapari era indígena e vivia em uma aldeia.
Entre janeiro e maio, o Amapá registrou 320 casos de sarampo. O estado é responsável por 80% dos casos do país em 2021. O governo do estado afirma que possui um plano de ação para combater o surto da doença nos municípios. As principais frentes de ação são o reforço da vigilância, as campanhas de conscientização da população e a promoção da vacinação.
Segundo o governo, apesar de ações de vacinação que atenderam mais de 50 mil pessoas, o índice de imunização em relação à população é baixo, especialmente se considerada a situação de surto. Nesses casos, a indicação do Ministério da Saúde é a aplicação de três doses: uma entre 6 e 11 meses, outra com 12 meses e uma terceira aos 15 meses.
Brasil
De acordo com o Boletim Epidemiológico 12 do Ministério da Saúde sobre a situação epidemiológica do sarampo no Brasil, em 2020 foram registrados 8.448 casos da doença. Em 2020, o país teve dez mortes por sarampo. Em 2021 até a Semana Epidemiológica (SE) 13, foram registrados 318 casos de sarampo em três estados, Amapá, Pará e São Paulo.
O Brasil havia obtido o certificado de país livre de sarampo em 2016, mas perdeu o título em 2019.
Agência Brasil