O brasileiro Andrew Parsons se tornou, nesta sexta-feira (8), no novo presidente do Comitê Paralímpico Internacional, substituindo no cargo o britânico Philip Craven, que dirigiu a entidade nos últimos 16 anos.
Parsons ganhou na primeira rodada da votação, atingindo a maioria absoluta exigida de 82 votos com um total de 84. Em segundo lugar ficou a chinesa Haidi Zhang, com 47, terceiro foi o dinamarquês John Petersson, com 19, e último o canadense Patrick Jarvis, com 12.
Antes desta eleição, Andrew Parsons ocupou o cargo de vice-presidente do IPC e até em maio deste ano era o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, cargo que ocupava desde 2009. É o único dos quatro candidatos que não tem deficiência.
“Depois de 20 anos trabalhando por este movimento, é assombroso ser escolhido presidente desta organização incrível, que percorreu um longo caminho diante de muitos problemas difíceis, mas que agora está mais forte que nunca”, disse Parsons, durante seu discurso, realizado durante a Assembleia Geral do Comitê Paralímpico Internacional, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).
O cargo de vice-presidente do IPC ficará com o ex-nadador paralímpico neozelandês Duane Kale, que superou por 81 a 79, o dinamarquês John Petersson.
Desde a sua fundação em 1989, o Comitê Paralímpico Internacional teve apenas dois presidentes, o canadense Bod Steadward (1989-2001) e o britânico Philip Craven (2001-2017), que é membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 2003. Informação da EFE.
A eleição do brasileiro saiu dos votos de 330 representantes de 167 organizações membros do IPC, 19 a mais que na última Assembleia, realizada há quatro anos.
Uma das consequências da mudança de liderança no IPC será na próxima semana, em Lima (Peru), onde se reunirá a Sessão do COI, nenhum representante do Comitê Paralímpico participará da eleição das sedes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024 e 2028.
Craven era membro do COI em razão do sua posição no IPC, e portanto saiu após deixar a presidência. Agora, Parsons provavelmente será admitido no COI. Porém, a substituição não é automática: deve ser proposta pela Executiva e submetida a votação em uma assembleia posterior.
Agência Brasil