Indicado para mulheres na menopausa, Duavive marca a chegada de uma classe de medicamentos ao País
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o medicamento Duavive (estrogênios conjugados/ acetato de bazedoxifeno), da Pfizer, para o tratamento de sintomas vasomotores moderados a graves associados à menopausa, período caracterizado pelo fim dos ciclos menstruais e a queda na produção dos hormônios sexuais. Esses sintomas, que estão associados à baixa de estrogênio no organismo, incluem ondas de calor, muitas vezes acompanhadas de rubor no rosto, sudorese e palpitação. As crises, que costumam durar de um a cinco minutos, podem se repetir várias vezes ao dia, prejudicando a qualidade de vida da mulher.
Com um mecanismo inovador, Duavive marca a chegada de uma nova classe de medicamentos para essas mulheres no Brasil. O produto, aprovado nos Estados Unidos há 15 anos e comercializado em mais de 30 países, traz uma combinação de dois princípios-ativos: os estrogênios conjugados e o acetato de bazedoxifeno. O primeiro funciona como terapia hormonal de substituição, repondo o estrogênio que deixou de ser produzido pelo corpo e aliviando os sintomas vasomotores. Já o acetato de bazedoxifeno é um modulador seletivo que age nos receptores de estrogênio das células das mamas, ossos, útero e do aparelho geniturinário, inibindo os efeitos negativos associados ao uso isolado do hormônio.
“Ao utilizar uma combinação de duas substâncias ativas, Duavive traz uma nova abordagem para a terapia hormonal em mulheres que estão na menopausa e apresentam útero intacto, que tradicionalmente eram tratadas com uma reposição combinada de estrogênio e progestágeno. Trata-se do primeiro medicamento que conjuga o estrogênio com um antagonista desse hormônio. Assim, o medicamento não estimula o endométrio nem altera a densidade das mamas, que são grandes preocupações das mulheres nesse período. Além disso, o acetato de bazedoxifeno tem efeito protetor sobre a massa óssea, sendo muito utilizado para evitar a osteoporose”, diz o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia.
Sobre a menopausa
Uma vez que o início da menopausa costuma ocorrer por volta dos 50 anos e que o tempo médio de vida das brasileiras atualmente é de 79,4 anos, segundo as estatísticas oficiais, muitas mulheres terão de conviver com a menopausa por cerca de 30 anos. Nesse contexto, a discussão sobre alternativas que auxiliem a preservar a qualidade de vida durante o longo período de menopausa vivenciado pela mulher moderna assume grande importância.
Embora a intensidade dos sintomas varie entre as mulheres ao longo desse período, a maioria enfrenta algum desconforto, como a queda da libido, ondas de calor alternadas com arrepios de frio, secura vaginal, depressão, entre outros. Nesses casos, é possível considerar o tratamento com terapias de reposição hormonal, a partir de uma avaliação personalizada de cada paciente. O procedimento é considerado seguro e eficaz, desde que a mulher seja acompanhada regularmente pelo médico e que as contraindicações para as medicações sejam respeitadas.