A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu proibir nesta quarta-feira (3) a venda de três tipos de hambúrguer da empresa Transmeat, detentora da marca Novilho Nobre, investigada pela Operação Carne Fraca, feita pela PF (Polícia Federal) em março. A sede da companhia fica no município de Balsa Nova (PR).
Conforme decisão publicada no Diário Oficial da União de hoje, estão vetados os seguintes produtos: hambúrguer misto envelopado congelado (carne bovina e de frango), da Novilho Nobre; hambúrguer congelado de bovino, da Transmeat; hambúrguer de carne bovina, da Transmeat; e hambúrguer da Novilho Nobre.
Em sua decisão, o diretor da Anvisa, José Carlos Magalhães da Silva Moutinho, considera “a operação deflagrada pela Polícia Federal no dia 17/03/2017 que teve como foco a eventual prática de crimes de corrupção por agentes públicos” e os “resultados das análises laboratoriais realizadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro) em produtos de origem animal de alguns estabelecimentos envolvidos na ‘Operação Carne Fraca’ da Polícia Federal”.
A decisão, porém, não indica a razão principal para a suspensão das vendas desses produtos, apenas ressalta que “os Certificados Oficiais de Análise (COA) […] Lanagro/SP apresentaram resultados das análises em desacordo”.
Por isso, a agência decidiu “proibir, em todo o território nacional, a comercialização dos produtos do estabelecimento Transmeat Logística Transportes e Serviços Ltda, SIF 4644, localizada em Balsa Nova/PR, constantes no anexo”.
Logo após a deflagração da Carne Fraca, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) decidiu interditar algumas unidades frigoríficas, alvos da operação, entre elas a Transmeat. Logo em seguida, porém, voltou atrás e informou que não havia interdição na empresa paranaense.
A assessoria do frigorífico chegou a emitir uma nota oficial em que dizia estar “trabalhando normalmente, estando apenas com uma linha de produtos parada, que é a linha de carnes temperadas”.
O comunicado continuou dizendo que “tal paralisação em nada tem haver com problemas do frigorífico, e sim de ordem burocrática do próprio Ministério da Agricultura, pois eles não sabem dizer quem tem competência para liberação desta linha de produção, se o MAPA do Paraná ou o MAPA de Brasília”.
R7