O uso de silicone industrial na utilização de procedimentos estéticos é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão ressalta que ele nunca deve ser usado no corpo humano e tem como finalidade a limpeza de carros e peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros e outras atividades. Além disso, seu uso como material para cirurgia plástica, por exemplo, é considerado crime e pode causar sérios riscos à saúde.
No caso de aplicações estéticas, o silicone original é matéria-prima para inúmeros tipos de próteses e implantes, nunca na forma líquida, que precisam ser aprovados pela Anvisa e que devem ser manipulados por pessoas especializadas, habilitadas, e em hospitais com a estrutura necessária para atender o paciente da forma mais segura possível.
Já o industrial, que tem aspecto oleoso, se injetado no organismo pode gerar diversas anomalias, seja na hora da aplicação ou com o passar dos anos, como deformações, dores, dificuldades para caminhar, infecção generalizada, embolia pulmonar e, até mesmo, a morte. Dessa forma, sua aplicação é considerada crime contra a saúde pública previsto no Código Penal por exercício ilegal da Medicina, curandeirismo e lesão corporal.
A orientação da Anvisa é que as pessoas que aplicaram silicone industrial no corpo procurem um médico, mesmo que ainda não tenham sentido qualquer sintoma. O cidadão também pode denunciar o uso indevido da substância por meio da Ouvidoria do órgão. É importante ressaltar também que os produtos utilizados em procedimentos médicos e estéticos em comercialização no Brasil precisam ter registro na Anvisa antes de serem comercializados.
Bahia Notícias