Doze mulheres já prestaram ocorrências até o início da tarde desta terça-feira (31) contra a Melina Esteves França, ex-patroa da babá que pulou do terceiro andar de um prédio para fugir de agressões, em Salvador. A informação foi divulgada pela Polícia Civil.
De acordo com a polícia, sete ocorrências são apuradas na 12ª Delegacia Territorial (DT) de Itapuã, sendo que três ex-funcionárias já foram ouvidas. Na 9ª DT / Boca do Rio, cinco registros foram feitos, constando a patroa da babá como suspeita.
Segundo o advogado que representa as ex-funcionárias, Bruno Oliveira, todas as denúncias são semelhantes. As mulheres alegam que Melina Esteves França praticava agressões físicas e ameaças, tomava o celular, não obedecia os horários acertados para o serviço e, em alguns casos, não pagou pelos dias trabalhados.
A Polícia Civil informou que o Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) supervisiona e acompanha todos os casos registrados.
Babá pula de prédio na Bahia: veja o que se sabe sobre o casohttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O caso ocorreu na manhã de quarta-feira (25). Raiane Ribeiro pulou do terceiro andar para fugir de agressões. Ela disse que era mantida em cárcere privado pela patroa Melina Esteves França.
Antes de pular, Raiana chegou a enviar uma mensagem de áudio pedindo ajuda aos familiares em um aplicativo de mensagens. No mesmo dia, ela recebeu alta médica, após ficar internada no Hospital Geral do Estado (HGE). A jovem teve fraturas no pé.
Raiana Ribeiro trabalhava como babá na casa de Melina há uma semana, cuidando das filhas trigêmeas dela. As crianças têm 1 ano e 9 meses de vida.
Na tarde de quinta-feira (26), Melina prestou depoimento por cerca de seis horas. Ao chegar no prédio onde mora, depois de ter saído da delegacia, ela foi vaiada pelos vizinhos.
Na sexta-feira (27), ao menos quatro ex-funcionárias de Melina prestaram depoimento à polícia e relataram ser vítimas de crimes semelhantes.
Na manhã de domingo (29), um grupo de pessoas se reuniu em frente ao prédio onde a babá pulou do terceiro andar. Eles fizeram uma manifestação de apoio à vítima e pediram justiça pelo caso.
G1