Com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sendo seu maior cabo eleitoral, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, afirmou nesta quarta-feira (13) que ‘não tem chefe, nem dono’.
Lira foi questionado por jornalistas, durante agenda pública em Recife (PE), sobre sua relação com Bolsonaro e a pauta de votações durante sua gestão, caso eleito. “Não é o presidente da Casa que diz eu vou votar, eu vou pautar, eu vou engavetar, eu vou tratar. Não. Nós temos que ouvir os deputados, colégio de líderes, as comissões”, disse.
“E o presidente momentâneo da Casa ele é menor que a Casa. Nós somos iguais. Nós não temos chefe. Nós não temos dono. O que nós vamos fazer é, ouvindo a Casa, eu venho como o porta-voz e digo que a Câmara pensa dessa maneira, nós vamos agir desta maneira”, acrescentou.
O postulante afirmou ainda que os assuntos que interessam ao Brasil serão pautados com “transparência, com previsibilidade e absolutamente com independência”. “Mas não a independência de ocasião. Eu volto a dizer que nem a Câmara tem dono, nem eu muito menos”, disse.
Traições partidárias
A eleição para a Mesa Diretora da Câmara irá ocorrer no início de fevereiro e funciona de forma secreta. Dessa forma, apesar de os partidos anunciarem apoio, pode haver dissidências.
“Eu não trato ninguém como dissidente. A gente trata como dissidente quem por acaso não se rende a uma vontade expressa da maioria. Os partidos que compõem o meu bloco são partidos que estão tratando de maneira democrática, que os deputados foram ouvidos. E quando você não é ouvido, quando a maioria não é expressada, os deputados tendem a fazer isso (dissidência)”, avalia.
“Essa é uma eleição é de deputados, não é de presidente, nem de líderes, nem de pessoas externas que decidem o voto de cada parlamentar.”
R7