Após não adotar medidas mais rígidas de isolamento social, em razão do coronavírus, uma espécie de “CPI da Covid-19” vai ser aberta na Suécia. De acordo com a agência RFI, o premiê socialdemocrata, Stefan Löfven, acabou cedendo às pressões políticas de políticos do país e deve fazê-lo, a contragosto, antes do fim da pandemia.
“Vários partidos estão de acordo para que essa comissão seja constituída o mais rápido possível, sem esperar o fim da crise”, declarou Ulf Kristersson, chefe do partido conservador Moderados, que se uniu à legenda populista Democratas da Suécia para pressionar o governo. Desta forma, a comissão de investigação ganha força no país.
De acordo com a reportagem, a comissão deve focar na análise dos esforços econômicos feitos pelas autoridades para combater a pandemia na Suécia. Os críticos do governo também questionam o fato de poucos testes em massa terem sido feitos na população do país. Segundo a publicação, no final de maio, 30 mil testes por semana estavam sendo realizados, quando o país teria capacidade para testar até 100 mil pessoas por semana.
Segundo com dados disponibilizados pela universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, a Suécia possui, até o momento, 38.589 casos confirmados da Covid-19, com 4.468.
Os números suecos, no entanto, potencialmente maiores se forem calculados sob a média dos países vizinhos, que estabeleceram normas mais rígidas de distanciamento social.
Enquanto a Suécia possui 430 mortos para cada grupo de um milhão de pessoas, a Noruega em 43 vítimas fatais por milhão de habitantes, a Dinamarca 98, a Finlância 56 e a Islândia 29.
Bahia Notícias