A Universidade Federal da Bahia (Ufba) fez uma redução de 12,38%, o que corresponde a R$ 1,08 milhão, no contrato de prestação de serviços de limpeza. A informação foi anunciada no site da instituição.
O contrato de prestação de serviços de limpeza com a empresa que atende a toda a Universidade venceu na terça-feira (9), e a previsão é de que ele fosse prorrogado por um período adicional de seis meses, já com essa diminuição na verba.
A redução ocorre após bloqueio de 30% dos recursos pelo Ministério da Educação (MEC). Além dessa economia na área da limpeza, a UFBA já havia anunciado que de 8 de julho até 2 de agosto, período do recesso de semestre letivo, a universidade funciona em horário especial como forma de economizar.
Sobre a redução da verba na área da limpeza, a universidade informou que a diminuição nos custos também afetará os serviços. Diante da situação, a limpeza das áreas internas será mantida, mas a limpeza das áreas externas será reduzida.
Nove unidades da área de saúde cobertas pelo contrato, que, por conta dos riscos de contaminação, não podem ter a limpeza reduzida são: Instituto de Ciências da Saúde, Faculdade de Odontologia, Hospital de Medicina Veterinária, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Medicina da Bahia, Escola de Enfermagem, Escola de Nutrição e Instituto de Saúde Coletiva, em Salvador; e Instituto Multidisciplinar em Saúde, em Vitória da Conquista.
Portanto, ao reduzir o tamanho da área física a ser limpa, a UFBA informou que busca assegurar que não haja sobrecarga para os trabalhadores.
Cortes e polêmica
A Ufba teve R$ 37,3 milhões bloqueados pelo Ministério da Educação (MEC) após decisão do chefe da pasta, ministro Abraham Weintraub, de cortar recursos de universidades federais do país, em abril deste ano.
Já em maio, a Ufba informou que o bloqueio já passava dos R$ 55 milhões.
O corte de repasses às instituições federais em todo o Brasil virou o centro de polêmica no país após o anúncio de corte feito pelo ministro da Educação, em entrevista ao Estado de São Paulo. Na ocasião, Abraham Weintraub disse que os cortes ocorreriam nas universidades federais que apresentassem desempenho acadêmico fora do esperado e, ao mesmo tempo, estivessem promovendo “balbúrdia”.
Na lista, estavam, inicialmente, somente a Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Depois, o governo disse que a medida valeria para todas as universidades e institutos federais.
Atualmente, a Ufba tem 40 mil alunos, divididos entre os três campi da instituição, em Salvador, Camaçari, na região metropolitana, e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. A universidade oferece 105 cursos de graduação e 136 de pós-graduação (54 doutorados e 82 mestrados).
A instituição é a 1ª do Nordeste, a 10ª brasileira e a 30ª da América Latina no ranking Times Higher Education (THE), da revista inglesa Times, que avalia 1.250 universidades de 36 países. Apenas 15 brasileiras estão entre as mil melhores do mundo, e 36 entre as 1.100.
G1