As forças armadas de Israel bombardearam posições do exército da Síria, nas colinas de Golã, na fronteira entre os dois países. O ataque, na noite desta quarta-feira (11), foi uma retaliação à invasão do espaço aéreo israelense por um drone, derrubado por um míssil Patriot horas antes.
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teve um encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os dois discutiram uma possível retirada de tropas russas, que apoiam o presidente Bashar al-Assad, do território da Síria.
Invasão aérea
Israel abateu um drone da Síria que invadiu seu espaço aéreo mais cedo nesta quarta-feira, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamando a atenção para uma escalada na volatilidade perto da fronteira, que foi tema de debate em Moscou com o maior aliado de Damasco. O drone entrou 10 quilômetros em território israelense antes de ser abatido.
No vídeo abaixo, postado no perfil oficial das forças de segurança israelenses no Twitter, é possível ver o momento que o drone é atingido pelo míssil Patriot
“Um drone penetrou o território israelense vindo do território sírio horas atrás. Foi abatido com sucesso. E eu gostaria de ressaltar que frustraremos quaisquer tentativas de violar nossa fronteira aérea ou terrestre”, disse Netanyahu nesta quarta-feira ao se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin.
Segunda retaliação
Foi a segunda vez em menos de três semanas que Israel disse ter disparado um míssil Patriot contra uma aeronave de controle remoto que voou através da fronteira. A tensão aumentou na divisa porque as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, vêm avançando em sua direção em meio a uma ofensiva contra rebeldes.
O drone, que parecia estar desarmado e ser concebido para vigilância e que também sobrevoou a Jordânia, foi derrubado perto do Mar da Galileia, no sopé das Colinas de Golã, disse o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Jonathan Conricus.
“Ainda estamos analisando por que ele cruzou, se estava em uma missão militar e cruzou de propósito ou se ele se extraviou”, disse, mas acrescentando que esta última situação “não é comum”.
Israel se encontra em estado de alerta enquanto as forças de Damasco enfrentam rebeldes nos arredores de Golã, grande parte do qual o Estado judeu capturou da Síria em 1967 e anexou, uma medida sem respaldo internacional. Israel teme que Assad deixe seus aliados do Irã e do Hezbollah fincarem posições perto de suas linhas.
R7