O projeto inovador, desenvolvido em parceria pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é testado em seis cidades do país e Marília é a única no estado de São Paulo que está participando da iniciativa.
A preocupação com a doença fez pesquisadores buscarem alternativas na luta contra o mosquito. Somente neste ano, em todo o estado de São Paulo, mais de 4,7 mil pessoas foram diagnosticadas com a dengue. Em Marília, já são 41 registros da doença em 2017.
“Conforme a gente vai eliminando os criadouros visíveis, os mosquitos vão procurando os mais difíceis e com isso ele consegue manter a população em um nível alto”, admite Rafael Colombo Filho, supervisor do Setor de Zoonoses de Marília.
Por isso, a ideia de usar o próprio mosquito para levar o veneno aos locais com água parada e de difícil acesso veio em boa hora. Isso só é possível com a instalação das armadilhas desenvolvidas no projeto.
A armadilha é bem simples, formada por um balde com água forrado com um tecido preto. A grande aposta é no larvicida aplicado em volta de todo o tecido.
A bióloga peruana Elvira Zamora Perea, da Fiocruz da Amazônia, é uma das pesquisadoras que lidera o estudo. Ela conta que com o veneno a população de mosquitos diminui bastante, já que os ovos infectados não se desenvolvem.
De acordo com a Fiocruz, em até dois anos a expectativa é que as armadilhas possam diminuir em até 80% a população de mosquitos. Nesta fase do projeto, 2 mil casas receberam as armadilhas montadas pelos agentes de saúde da cidade.
G1