No Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Litoral Norte e Agreste Baiano, localizado em Alagoinhas, os estudantes do curso técnico em Edificações participaram de uma oficina, na qual aprenderam uma técnica de trançado com a palha do licurizeiro, que é uma planta típica do semiárido nordestino, que está em risco de extinção, para confeccionar peças artesanais, como abanadores e vassouras.
Segundo o professor do curso, Wagner Costa, a atividade teve o intuito de trabalhar o resgate histórico-cultural e o processo de aquisição do conhecimento dos povos tradicionais, como indígenas e africanos, que utilizavam a palha na cobertura de suas casas e na confecção de peças artesanais. “O desejo em aprender algo inovador e desconhecido por eles em relação à cultura dos povos tradicionais de nossa região despertou nos alunos uma noção de pertencimento”, revelou. Para o estudante Alan Batista, 16, participar da oficina foi uma experiência agregadora. “Aprender a produzir peças da mesma forma que os nossos antepassados faziam foi muito enriquecedor, pois pude conhecer mais sobre a história e a cultura do nosso povo”, disse.
Em Retirolândia, os estudantes do Colégio Estadual Olavo Alves Pinto participaram de diferentes atividades, como desfile com roupas produzidas com materiais recicláveis, a exemplo de papelões, CDs, plásticos e restos de tecidos; no teatro do colégio, apresentações de quadrilhas da escola na Praça da Zebrinha, no centro da cidade; apresentação sobre preservação do solo e não utilização de agrotóxicos; e, como não poderia faltar, degustação de comidas típicas, como milho, amendoim e bolo de laranja.
A estudante Beatriz Santana, 18, 3º ano, aprovou a iniciativa do Arraiá da Sustentabilidade nas Escolas. “Foi uma forma divertida de aprender e, também, de chamar a atenção e conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação do meio ambiente. Além disso, eu pude soltar a minha criatividade com a criação das roupas com materiais recicláveis que seriam descartados no lixo”, comentou, entusiasmada.