Refugiado na embaixada do Equador em Londres, o editor do WikiLeaks, Julian Assange, ofereceu à Google e à Apple acesso aos documentos da CIA referentes à espionagem de seus sistemas operacionais, que vieram à tona nesta terça (7). “Para Julian Assange, foi uma notável virada de mesa. Da embaixada do Equador [onde se refugiou em 2012], apresentou-se como defensor das maiores empresas americanas de tecnologia contra os excessos de seu governo. Buscou se colocar no meio da relação tensa entre governo e Vale do Silício, onde executivos veem a reputação de seus produtos ameaçada pela espionagem agressiva”, apontou o jornal americano The New York Times, destacando a ironia da situação. Ao saber do oferecimento, a CIA divulgou nota em que afirma que Assange “não é exatamente um bastião de verdade e integridade”. No Twitter, ele devolveu o ataque, lembrando ter recebido o Prêmio San Adams “justamente por isso”. A honraria é concedida por uma entidade de integrantes da CIA aposentados, a San Adams Associates for Integrity in Intelligence.
Bahia Notícias