Aproximadamente 80 mil agricultores e agricultoras familiares de comunidades rurais do estado da Bahia estão sendo atendidos pelos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater), do Governo do Estado, por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).O serviço é executado diretamente por técnicos da Bahiater e em parcerias com entidades executoras de Ater selecionadas por chamadas públicas e prefeituras municipais.
A comunidade de Baixas, no município de Euclides da Cunha, é uma das atendidas pela Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (Arcas), selecionada por meio de chamada pública para a prestação de serviço de Ater no Território Semiárido Nordeste II.
Maria Silva, agricultora da comunidade, ressalta que viver e trabalhar com produtos de qualidade, sem o uso de agrotóxicos, oferecendo às famílias um alimento saudável, é gratificante: “O que eu não desejo para mim, não desejo para os outros. Porque hoje muitas doenças acontecem por causa desses venenos nos alimentos. Com a ajuda da Ater, recebi orientações para produzir remédios naturais, o que para mim foi ótimo, para combater as pragas sem utilizar veneno”.
A gestora da Bahiater, Célia Watanabe, observa que, no processo de produção da agricultura familiar, a formação dos agentes de Ater é um elemento importante, por isso, a Bahiater está promovendo o Formater, um programa de formação voltado para técnicos da Bahiater, das entidades parceiras e das prefeituras. A ação tem o objetivo de qualificar, ainda mais,esse serviço, que vem sendo ampliado, para atender mais agricultores e agricultoras familiares em todo o estado da Bahia.
“Com a Ater, os agricultores familiares têm acesso a políticas públicas importantes, a exemplo do Garantia-Safra, e da emissão e renovação da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). A Ater é a ação mais transversal da SDR, é a porta de entrada de todas as outras políticas públicas”, destaca Watanabe.
De acordo com a técnica em Agropecuária, Gleicia Almeida, que atende famílias das comunidades rurais Barreiro, Baixas, Pedregulho e Queimado Raso, a Ater no município de Euclides da Cunha é relativamente nova, mas os resultados obtidos são cada vez melhores: “O acesso à informação possibilita aos agricultores a obtenção de melhorias nas propriedades e na qualidade de vida das famílias”.
Segundo Gleicia, muitos resultados já podem ser vistos, a exemplo do controle de pragas e doenças no cultivo de hortaliças, que é uma das principais atividades dos agricultores e agricultoras familiares atendidos. As orientações possibilitam o acesso ao crédito rural, para investimento em melhoria das estruturas na propriedade, o armazenamento de alimentos para períodos de escassez, implantação de reserva estratégica de palma forrageira, castração de ovinos, melhoria no sistema de criação de galinha caipira, entre outras ações.
Secom