A Polícia Civil investiga se Euler Grandolpho, que matou cinco pessoas a tiros e depois se matou, no dia 11 de dezembro, na Catedral de Campinas, adquiriu as armas durante uma viagem ao Paraguai. O crime completou um mês na sexta-feira (11) e a Justiça atendeu pedido feito pela investigação de mais 30 dias para a conclusão do inquérito.
De acordo com o delegado Hamilton Caviola Filho, o rastreamento da pistola 9 mm e do revólver calibre 38 feito no Brasil resultou infrutífero, o que reforçou a hipótese de compra das armas no país vizinho.
Conforme o delegado, as anotações feitas por Grandolpho em uma espécie de diário contêm vários relatos de viagens ao Paraguai. Em um deles, o homem faz menção à compra de armas. O pai e o irmão do autor do massacre confirmaram que ele viajou ao país vizinho, mas as datas são imprecisas.
A pistola estava com numeração raspada, o que dificulta o rastreamento. As duas armas não tinham documentação. A prorrogação do inquérito foi necessária para ouvir um sobrevivente, que passou por cirurgia, após ficar com uma bala alojada no corpo.
A investigação ainda aguarda alguns laudos da perícia para entender toda a dinâmica do ataque. Euler Grandolpho, que morava em Valinhos, entrou na Catedral após a missa e abriu fogo contra os fiéis. Quatro pessoas morreram no local e três ficaram feridas.
Acuado pela polícia, o atirador se matou com um tiro no ouvido. A quinta vítima morreu no hospital. Conforme a polícia, o homem tinha mania de perseguição e, no diário, falava em “fazer algo grande”, fazendo menção a “massacre”. As vítimas foram atingidas aleatoriamente. Após a tragédia, a Catedral teve a segurança reforçada.
R7