Foto: Bruno Concha/Secom
Neste momento em que os olhos do mundo estão voltados para o surgimento de uma vacina eficaz contra a Covid-19, o reaparecimento de algumas doenças que eram consideradas erradicadas no Brasil, como sarampo e febre amarela, chama atenção para a importância da imunnização e da prevenção.
A subcoordenadora de Controle de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Doiane Lemos, explica a importância de manter a caderneta de vacinas sempre em dia. “Cada imunobiológico tem sua característica em relação à doença que pode prevenir, assim como o esquema em doses. Há vacinas que com apenas uma dose você já tem a proteção esperada. Existem outras que precisam de mais. Por isso, o cartão da vacinação é fundamental, pois serve como guia. É um documento fundamental ao longo de toda a vida”, diz.
Cada doença tem suas características, formas de transmissão e complicações. A vacina faz o papel de agente protetor para garantir que a população não se contamine. O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde é estruturado pelo calendário básico de vacinação e possui um cronograma de imunização desde que o indivíduo nasce. À medida que a idade vai avançando, novas vacinas são incorporadas. A consulta do calendário vacinal pode ser realizada no site do ministério.
“É preciso ter o entendimento de que se a criança estiver com esquema vacinal atualizado, na adolescência serão feitos alguns complementos, como HPV, meningite e alguns reforços. Na fase adulta, serão feitos alguns complementos, como a continuação do tétano a cada dez anos. No avanço para a fase idosa, campanhas de influenza, vacina pneumocócica e, a cada dez anos, a do tétano. É necessário entender que o calendário é uma seqüência cronológica, que acompanha o indivíduo ao longo da vida”, lembra Doiane Lemos.
Perda do cartão – Em caso de perda do cartão de vacinação, o ideal é que o indivíduo procure a unidade onde se vacinou para resgatar as informações vacinais e evitar tomar doses desnecessariamente. “Uma dica é ter cópias do cartão. Hoje em dia temos mecanismos digitais fantásticos que nos permite guardar e preservar ainda mais o cartão de vacinação, como digitalizar o documento para não ter perda, fotografar, mandar por e-mail, salvar na nuvem ou em algum dispositivo de armazenamento. Caso o indivíduo não tenha realizado nenhuma dessas alternativas, receberá a vacina de acordo com a sua faixa etária”, alerta a subcoordenadora.
O documento é indispensável, principalmente para quem realiza viagens internacionais, pois alguns países exigem imunização para determinadas doenças e, sem estar vacinado, o indivíduo pode ser deportado. “Muitas vezes, as pessoas só lembram do cartão de vacinação quando vão fazer uma viagem internacional ou intercâmbio e precisam ter as doses de vacinas comprovadas. Vale frisar que em outros países as pessoas precisam pagar pela imunização, ao contrário do nosso páis”.
Sistema de registro – Em desde 2016, o Ministério da Saúde estabeleceu o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O objetivo é coordenar as ações de imunizações, já que ele consegue guardar as informações das pessoas vacinadas. De acordo com o site do ministério, o SI-PNI é formado por um conjunto de sistemas, a exemplo dos utilizados pela gestão municipal, que avaliam desde a aplicação da vacina, passando pelo gerenciamento das doses, até as possíveis reações adversas e localização de lotes do medicamento.