Um modelo da Audi a gás deve vir para o Brasil, se depender do presidente da marca no país, Johannes Roscheck. O A5 g-tron tem motor desenvolvido para consumir o gás natural CNG, utilizado na Alemanha. Está sendo estudada a possibilidade de testes do veículo com o GNV, empregado por aqui. Além disso, um automóvel da linha de híbridos, e-tron, também está na mira de Johannes.
O A5 Sportback g-tron foi lançado em agosto de 2017, entrando para a família dos carros movidos a gás da Audi, que já contava com o A3 Sportback g-tron e A4 Avant g-tron. Como o motor foi desenvolvido especialmente para o gás, não há impacto na potência do automóvel. Enquanto um motor a gasolina adaptado para o GNV perde cerca de 10% da potência, o g-tron entrega por volta de 30% a mais.
O Audi A5 g-tron pode ser abastecido com gasolina ou com gás natural. O motor 2.0 é uma espécie de flex entre os dois combustíveis e tem potência de 172 cv e torque máximo de 27 kgfm no intervalo entre as 1.650 e 4.400 rotações. A velocidade máxima é de 226 km/h. Embora as siglas CNV e GNV – ou ainda o “erdgas”, como é chamado na Alemanha – sejam essencialmente a mesma coisa, a composição do gás natural passa por variações. Por isso, o propulsor da Audi a gás tem que passar por testes com o gás nacional para comprovar que se adequa ao país.
Além do modelo a gás, a Audi também quer trazer um dos veículos da linha de híbridos e-tron, que conta atualmente com versões do A3 Sportback e Q7 Quattro. O A3 e-tron tem autonomia puramente elétrica de 50 quilômetros, com tempo de carregamento, do tipo plug-in, de 2,5 horas, ambos de acordo com a Audi.
Já o Q7 e-tron faz uso do motor elétrico para reduzir o consumo de seu propulsor a diesel TDI com tração integral. O SUV tem consumo combinado de 1,8 a 1,9 litro de diesel a cada 100 quilômetros, também segundo a marca alemã.
Não se sabe qual dos dois modelos está na mira de Roscheck, mas os planos do presidente da Audi do Brasil têm incentivos para se concretizar. Em janeiro, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) confirmou a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). Embora a medida ainda precise ser aprovada pelo Planalto e submetida a um período de transição, o aceno do governo encoraja o setor de elétricos no Brasil.
A categoria é quase inexistente no país, contando com poucas opções híbridas, como o Toyota Prius e o BMW i8, e apenas uma elétrica, o BMW i3. A razão é que estes veículos têm valor muito maior que o de carros tradicionais, desencorajando o mercado. Os planos do MDIC são de reduzir o IPI destes carros, geralmente de 25%, para 7%. Em 2015, o governo já havia aprovado a isenção do Imposto de Importação, que é de 35%.
R7