Uma audiência de apelação de Ricardo Teixeira contra o seu banimento por toda a vida de qualquer atividade ligada ao futebol precisou ser adiada. O caso do ex-presidente da CBF seria julgado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), mas precisou ser postergado, pois os advogados do ex-dirigente teriam de passar por uma quarentena de dez dias quando desembarcarem na Suíça vindos do Brasil.
A CAS avisou que ainda não está claro para quando poderá ser remarcada a audiência com a intenção de dar prosseguimento ao julgamento de Teixeira. E isso se dá porque a equipe jurídica do ex-dirigente brasileiro quer apresentar a defesa pessoalmente, embora a presença do ex-presidente da CBF não seja esperada.
Acusado de ter recebido subornos enquanto era membro da Fifa, Teixeira, afinal, tem evitado deixar o Brasil para não correr o risco de ser extraditado aos Estados Unidos, onde foi indiciado por acusações de conspiração financeira pelo Departamento de Justiça do país.
A Suíça definiu que na chegada de cerca de 50 país, incluindo o Brasil, é necessário a realização de uma quarentena. O País tem 114.772 mortes por coronavírus confirmadas até as 8 horas desta segunda-feira, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de saúde.
O Comitê de Ética da Fifa baniu Teixeira em novembro de 2019 e o multou em 1 milhão de francos suíços (R$ 6,16 milhões, na cotação atual). Para isso, se baseou nas investigações das autoridades americanas, que encontraram evidências de que ele teria recebido suborno relativos a acordos pelos direitos de competições sul-americanas entre 2006 e 2012.
“Teixeira nega veementemente todas as acusações, que não são mais do que suposições feitas por advogados dos EUA, sem qualquer evidências para apoiar a acusação”, argumentam os advogados.
Teixeira seria o primeiro caso a ser avaliado pela CAS de banimento vitalício da Fifa decorrente da investigação da Justiça americana. Hoje com 73 anos, ele renunciou em 2012 ao comando da CBF, ao seu cargo no Comitê Executivo da Fifa e à presidência do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
R7