O transtorno do espectro autista (TEA) se manifesta em uma a cada 100 crianças, de acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Condição do neurodesenvolvimento caracterizada por uma variedade de indícios e níveis de intensidade, os sinais podem ser percebidos ou não nos primeiros meses de vida. Suas causas ainda são desconhecidas, mas evidências científicas indicam influências de fatores genéticos e ambientais.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico pode ser estabelecido entre 2 e 3 anos de idade. Além das dificuldades de interação social, comunicação e aprendizagem, outros sintomas que costumam definir o TEA são padrão restritivo e repetitivo de comportamento, hipersensibilidade sensorial, atraso no desenvolvimento motor, aparente indiferença a estímulos e reações desproporcionais diante da quebra da rotina.
Psicóloga com especialidade em Psicologia Escolar e Saúde Mental Coletiva, Jussara Aguiar explica que o diagnóstico do transtorno é essencialmente clínico, feito a partir de observações. “A identificação depende da observação a respeito do comportamento e do desenvolvimento. Esse acompanhamento também se baseia em entrevistas com os pais, professores e demais pessoas que convivem com a criança. Hoje, os profissionais da saúde e educação, como fonoaudiólogos, pedagogos e neurologistas, investigam tanto o contexto histórico, social e afetivo, quanto os sinais que chamam atenção”, afirma a psicóloga que também é professora da UniFG, instituição pertencente ao Ecossistema Ânima Educação.
Abordagem personalizada do diagnóstico
Estudos comprovam que quanto mais cedo for o diagnóstico e direcionamento para intervenções comportamentais e apoio educacional, maiores serão as chances de qualidade de vida a longo prazo. A especialista destaca que o envolvimento dos profissionais ajuda a pensar alternativas necessárias para o progresso da criança dentro da sua capacidade de desenvolvimento e aprendizagem.
“Quando se descobre o TEA, o susto geralmente é a primeira reação. Afinal, por mais que haja uma discussão bastante fundamentada em nossa sociedade, muitos pais enfrentam desafios para lidar com o diagnóstico e os primeiros passos. Por isso, é preciso providenciar junto aos profissionais as intervenções iniciais para garantir melhores condições de vida. No meio desse grupo a figura do psicólogo é de extrema importância, pois ele atende as demandas de cada caso através de estratégias que partem de uma minuciosa análise clínica”, ressalta Jussara.
No Brasil, a Lei 13.438/2017 garante o direito de todas as crianças de até 18 meses de idade serem avaliadas quanto ao risco de transtorno do espectro autista e outras condições psíquicas. O Sistema Único de Saúde (SUS) deve oferecer um protocolo com padrões avaliativos, essencial para a detecção precoce. A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, conhecida como Lei Berenice Piana, também assegura diagnóstico antecipado, tratamentos, terapias e medicamentos gratuitos.
Importância da inclusão e respeito à neurodiversidade
Para Jussara Aguiar, inclusão significa trazer novas perspectivas e ideias para conduzir a produtividade das pessoas com TEA diante dos talentos que apresentam.
A psicóloga ainda reforça o compromisso com a difusão de mais informações. “Sabemos o nível de complexidade em torno do transtorno, então precisamos levar mais conhecimento a respeito dos avanços e formas de encarar as dificuldades. Fora o auxílio no cumprimento dos direitos garantidos, a informação contribui para a inclusão efetiva, o que enriquece toda a diversidade cultural e intelectual de nossas comunidades”, pontua. Ela também acrescenta que desmistificar o autismo é crucial no combate à exclusão social e falta de oportunidades, seja nos ambientes educacionais ou de trabalho.
Sobre a UniFG
Com 20 anos de história completados em 8 de novembro de 2022, a UniFG desenvolve ensino, pesquisa e extensão através dos seus mais de 30 cursos de graduação ofertados nas cidades baianas de Guanambi e Brumado. Dona de conceito institucional máximo (nota 5) no Ministério da Educação (MEC), a UniFG é responsável pela formação de milhares de profissionais em diversas áreas do conhecimento.
Em 2020, a UniFG se integrou ao maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, que tem mais de 300 mil alunos e quase 20 anos de história. Em 2022, a instituição inaugurou um novo campus em Brumado e lá iniciou as atividades do primeiro curso de Medicina da região. Alunos de Medicina dos municípios em que a UniFG atua ainda contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica do país.
Atualmente, o centro universitário tem 18 cursos com notas 4 ou 5 na avaliaçao do MEC, entre eles, Direito, Estética e Cosmética e Odontologia, estes, que obtiveram nota máxima do órgão. Em 2022, recebeu 45 estrelas (distrituídas em 14 cursos) na edição do Guia da Faculdade, plataforma que avalia cursos de ensino superior país afora. Desde 2012 recebe o selo de instituição socialmente responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que reconhece instituições que promovem projetos sociais nas áreas de saúde, educação, cultura e meio ambiente, entre outros.
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