A azia é uma sensação de queimação que ocorre devido à irritação do esôfago. É desencadeada principalmente por bebidas fermentadas, como cerveja e vinho, produtos embutidos, devido à presença de conservantes, e alimentos gordurosos, como chocolate, segundo o gastroenterologista Eduardo Antônio André, da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Estima-se que 1 em cada 5 pessoas no mundo tenham azia uma vez por semana, o que representa 20% da população. O abuso da ingestão de alimentos e bebidas que desencadeiam a azia é o principal fator que leva ao problema.
Popularmente conhecido como sal de fruta, esse antiácido proporciona sensação de alívio, mas não resolve o problema, segundo o especialista. Segundo ele, chá de boldo e outros chás não interferem na azia, podendo inclusive piorar a sensação, pois líquidos quentes aumentam a irrigação no esôfago.
Remédios para o fígado, como Epocler, não melhoram a azia, segundo o especialistas. A azia não está relacionada a problemas no fígado. O fígado é um órgão resistente e só se manifesta quando há doença grave.
Bebidas com gás também não melhorar a sensação de azia. Como se trata de uma bebida gasosa, ela provoca a eructação, popularmente conhecida como arroto, o que leva a uma falsa sensação de alívio. Mas, atenção: quando há arroto, pode ocorrer o refluxo.
Intolerância ao glúten ou à lactose podem causar desconforto estomacal e diarreia. Caso a pessoa não sabia que tenha intolerância, pode confundir com azia e até intoxicação alimentar.
A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de alimentos contaminados por toxina produzida por bactéria. Mesmo com a bactéria sendo morta quando a comida ou cozinha ou fervida, a toxina continua no alimento que, quando ingerido, causa náusea, vômito e diarreia. A intoxicação pode durar horas ou dias. O tratamento se dá por meio de hidratação com soro.
A azia tende a regredir sozinha. Não exagerar na ingestão de comida e retirar da dieta alimentos ou bebidas que a desencadeiam a azia são formas de evitá-la. Caso o desconforto seja persistente, ou seja, se prolongue por semanas, o esôfago pode estar inflamado. Outra possibilidade é a presença de cândida, um tipo de fungo.
R7