O deputado federal e presidente estadual do Podemos, deputado federal Bacelar, defende a permanência dos vereadores do partido como parte da bancada de oposição na Câmara de Vereadores de Salvador. Ele reforçou as críticas aos integrantes do PT que teriam deixado de cumprir um acordo durante a escolha da nova liderança do bloco (veja mais), mas disse acreditar que o melhor caminho é o da conciliação. “Não vou aumentar a ferida, vou tentar sarar a ferida”, comentou em entrevista ao Bahia Notícias nesta segunda-feira (19). Por outro lado, ele deixou claro que houve uma grave turbulência na relação com vereadores do PT. “Nós nos sentimos traídos por segmentos da bancada do PT”, reclamou. No entanto, Bacelar disse que vai apoiar o posicionamento dos vereadores do Podemos, mesmo que eles queiram deixar a bancada da oposição para se tornarem independentes. A hipótese vem sendo levantada pelos próprios representantes da legenda na Câmara ao longo deste mês. “Houve uma quebra de acordo, a relação ficou trincada. Mas a minha opinião é que não deve ter bloco independente, mas essa é uma decisão da bancada e eu respeitarei”, ressaltou o parlamentar. Também em entrevista com o Bahia Notícias, o líder do Podemos na Câmara, vereador Sidninho, ponderou que a bancada da sigla deve ouvir a opinião de Bacelar para decidir se vai deixar a oposição na Casa. “A gente está no projeto do governador Rui Costa, mas ficou muito difícil nossa permanência no banco da oposição”, declarou. Ele acrescentou que uma eventual saída do bloco “dependerá do aval do governador Rui Costa e do deputado Bacelar”. Também integram a bancada do Podemos no Legislativo de Salvador os vereadores Carlos Muniz e Toinho Carolino. Sidninho espera ter uma definição sobre o caso até o final desta semana. Diante da irritação dos integrantes do Podemos com o PT na Câmara e das tentativas de Bacelar no sentido de “sarar a ferida”, o partido vai precisar, em breve, tomar uma decisão importante para o seu futuro na Câmara.