Já a Prefeitura de Salvador prioriza a reforma de praças ao invés da saúde da população. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o município apresenta uma cobertura de atenção básica de apenas 36,06%, sendo que o mínimo aceitável seria uma cobertura acima de 70%. Apenas para efeito de comparação, os R$ 70 milhões aplicado na reforma do Rio Vermelho dariam para construir 100 novas Unidades Básicas de Saúde, ampliando em pelo menos mais de 10% a cobertura de equipes de saúde da família. Como resultado, a falta de investimentos na Atenção Básica no município é a grande responsável pela superlotação das UPAs e emergências dos hospitais, com pacientes vítimas de condições que deveriam ser prevenidas, como o pé diabético (muitos já com necessidade de amputação), infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame).
Na contramão do que a Prefeitura de Salvador faz com a saúde, o Governo do Estado tem ampliado a assistência em todas as regiões. Quatro policlínicas regionais de saúde estão em construção e com obras aceleradas, em Jequié, Teixeira de Freitas, Irecê e Guanambi. Com previsão de inauguração no primeiro semestre de 2017, as unidades serão geridas de forma compartilhada entre municípios e o Estado, por meio de Consórcio de Saúde. A meta é construir 28 policlínicas até o final de 2018, o que possibilitaria, simultaneamente, ampliar a oferta de serviços de média complexidade e descentralizar a assistência na Bahia.
O secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, explica que esses equipamentos vão contribuir com a interiorização da saúde, e também para “desafogar” os grandes centros e evitar que os pacientes saiam dos seus municípios para serem atendidos. As policlínicas oferecerão até 18 especialidades, além de serviços de apoio ao diagnóstico como radiografia, tomografia, ultrassonografia, endoscopia e ressonância magnética.
Cada policlínica custará cerca de R$ 20 milhões entre obras e equipamentos, que serão assumidos integralmente pelo Governo do Estado. Já a manutenção mensal será compartilhada entre o Estado, que financiará 40% dos custos, e os municípios consorciados, que vão cobrir os 60% restantes proporcionalmente à sua população. Somente nas cidades de Jequié, Guanambi, Teixeira de Freitas e Irecê, que no mês de novembro estavam com, respectivamente, 32%, 30%, 24% e 27% das obras concluídas, a previsão é que as policlínicas sejam referência para aproximadamente 2 milhões de baianos que residem em 98 municípios do estado.
As próximas policlínicas serão construídas nos municípios de Salvador, Alagoinhas, Feira de Santana, Valença, Simões Filhos e Santo Antônio de Jesus, sendo a capital baiana a única com duas unidades.Outras obras também estão em ritmo acelerado. O Hospital Regional da Costa do Cacau, em Ilhéus, o Hospital da Chapada, em Seabra, e o Hemocentro de Barreiras entrarão em funcionamento em 2017.
Mutirão de Cirurgias, lançado em setembro, tem meta de atender 13 mil pessoas em doze meses
(Foto: Camila Souza/GOVBA)
O programa Saúde Sem Fronteiras também ganhou um novo reforço: o Mutirão de Cirurgias. Lançado em setembro de 2016, a meta é atender 13 mil baianos no período de doze meses, e reduzir a fila de espera de seis procedimentos – cirurgias de vesícula, câncer de próstata, hérnia, útero, miomas e câncer de mama. Passados dois meses, a ação itinerante já superou as expectativas e realizou mais de 4 mil cirurgias em pacientes das regiões de Ipiaú, Jaguaquara, Jequié, Camaçari, Valença, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Ruy Barbosa.Além do Mutirão de Cirurgias, o programa Saúde Sem Fronteiras reúne os serviços itinerantes de rastreamento do câncer de mama, oftalmologia, odontologia e doação de sangue e só neste ano beneficiou mais de 270 mil pessoas.
Perspectivas
A partir de 2017, serão investidos US$ 285 milhões no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, sendo US$ 200 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 85 milhões de contrapartida estadual. Esse montante será investido, simultaneamente, na estruturação do Sistema de Atenção Integral de Saúde para superar vazios assistenciais em áreas prioritárias, no fortalecimento da regulação para a assistência à saúde, garantindo o acesso adequado dos usuários do SUS na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e no fortalecimento institucional da Sesab, consolidando seu papel de coordenador geral do Sistema Estadual de Saúde.
O Saúde Sem Fronteiras leva atendimento às mulheres com o Rastreamento de Câncer de Mama
(Foto: Carol Garcia/GOVBA)
Serão construídas, ampliadas e reformadas unidades de saúde nas cidades de Candeias, Camaçari, Alagoinhas, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Salvador, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus, Valença e Feira de Santana. Também está previsto para 2017 o início das obras do Hospital Metropolitano, que terá 330 leitos, e o novo hospital Couto Maia, com 150 novos leitos.
Já a Prefeitura de Salvador prioriza a reforma de praças ao invés da saúde da população. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o município apresenta uma cobertura de atenção básica de apenas 36,06%, sendo que o mínimo aceitável seria uma cobertura acima de 70%. Apenas para efeito de comparação, os R$ 70 milhões aplicado na reforma do Rio Vermelho dariam para construir 100 novas Unidades Básicas de Saúde, ampliando em pelo menos mais de 10% a cobertura de equipes de saúde da família. Como resultado, a falta de investimentos na Atenção Básica no município é a grande responsável pela superlotação das UPAs e emergências dos hospitais, com pacientes vítimas de condições que deveriam ser prevenidas, como o pé diabético (muitos já com necessidade de amputação), infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame).
Na contramão do que a Prefeitura de Salvador faz com a saúde, o Governo do Estado tem ampliado a assistência em todas as regiões. Quatro policlínicas regionais de saúde estão em construção e com obras aceleradas, em Jequié, Teixeira de Freitas, Irecê e Guanambi. Com previsão de inauguração no primeiro semestre de 2017, as unidades serão geridas de forma compartilhada entre municípios e o Estado, por meio de Consórcio de Saúde. A meta é construir 28 policlínicas até o final de 2018, o que possibilitaria, simultaneamente, ampliar a oferta de serviços de média complexidade e descentralizar a assistência na Bahia.
O secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, explica que esses equipamentos vão contribuir com a interiorização da saúde, e também para “desafogar” os grandes centros e evitar que os pacientes saiam dos seus municípios para serem atendidos. As policlínicas oferecerão até 18 especialidades, além de serviços de apoio ao diagnóstico como radiografia, tomografia, ultrassonografia, endoscopia e ressonância magnética.
Cada policlínica custará cerca de R$ 20 milhões entre obras e equipamentos, que serão assumidos integralmente pelo Governo do Estado. Já a manutenção mensal será compartilhada entre o Estado, que financiará 40% dos custos, e os municípios consorciados, que vão cobrir os 60% restantes proporcionalmente à sua população. Somente nas cidades de Jequié, Guanambi, Teixeira de Freitas e Irecê, que no mês de novembro estavam com, respectivamente, 32%, 30%, 24% e 27% das obras concluídas, a previsão é que as policlínicas sejam referência para aproximadamente 2 milhões de baianos que residem em 98 municípios do estado.
As próximas policlínicas serão construídas nos municípios de Salvador, Alagoinhas, Feira de Santana, Valença, Simões Filhos e Santo Antônio de Jesus, sendo a capital baiana a única com duas unidades.Outras obras também estão em ritmo acelerado. O Hospital Regional da Costa do Cacau, em Ilhéus, o Hospital da Chapada, em Seabra, e o Hemocentro de Barreiras entrarão em funcionamento em 2017.
Mutirão de Cirurgias, lançado em setembro, tem meta de atender 13 mil pessoas em doze meses
(Foto: Camila Souza/GOVBA)
O programa Saúde Sem Fronteiras também ganhou um novo reforço: o Mutirão de Cirurgias. Lançado em setembro de 2016, a meta é atender 13 mil baianos no período de doze meses, e reduzir a fila de espera de seis procedimentos – cirurgias de vesícula, câncer de próstata, hérnia, útero, miomas e câncer de mama. Passados dois meses, a ação itinerante já superou as expectativas e realizou mais de 4 mil cirurgias em pacientes das regiões de Ipiaú, Jaguaquara, Jequié, Camaçari, Valença, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Ruy Barbosa.Além do Mutirão de Cirurgias, o programa Saúde Sem Fronteiras reúne os serviços itinerantes de rastreamento do câncer de mama, oftalmologia, odontologia e doação de sangue e só neste ano beneficiou mais de 270 mil pessoas.
Perspectivas
A partir de 2017, serão investidos US$ 285 milhões no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, sendo US$ 200 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 85 milhões de contrapartida estadual. Esse montante será investido, simultaneamente, na estruturação do Sistema de Atenção Integral de Saúde para superar vazios assistenciais em áreas prioritárias, no fortalecimento da regulação para a assistência à saúde, garantindo o acesso adequado dos usuários do SUS na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e no fortalecimento institucional da Sesab, consolidando seu papel de coordenador geral do Sistema Estadual de Saúde.
O Saúde Sem Fronteiras leva atendimento às mulheres com o Rastreamento de Câncer de Mama
(Foto: Carol Garcia/GOVBA)
Serão construídas, ampliadas e reformadas unidades de saúde nas cidades de Candeias, Camaçari, Alagoinhas, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Salvador, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus, Valença e Feira de Santana. Também está previsto para 2017 o início das obras do Hospital Metropolitano, que terá 330 leitos, e o novo hospital Couto Maia, com 150 novos leitos.