O Bahia deu um passo importante para conseguir uma vaga no grupo de times que vão à Taça Libertadores em 2018. O tricolor virou em cima do Santos e ficou a um ponto do Flamengo, 7º colocado e a 2 pontos do Botafogo, o 6º. A classificação está atualmente restrita ao G-7, mas pode até chegar ao Z-9, caso Grêmio e Flamengo conquistem a Libertadores e Sulamericana, respectivamente. Na noite desta quinta-feira, com apoio da torcida, o tricolor despachou o Peixe, de virada, por 3×1, chegando aos 49 pontos.
Depois das cobranças de Elano e da torcida, Lucas Lima parece ter reagido e começou o jogo ligado. Logo no começo, achou Ricardo Oliveira na área. Depois, virou para Arthur Gomes iniciar a jogada do gol de Bruno Henrique, mas o problema do Santos era muito maior do que atuações discretas de seu camisa 10. Na vitória por 3 a 1 do Bahia, de virada na Fonte Nova, foi a defesa do Peixe que precisou de um puxão de orelha.
Como de costume, o Santos recuou e tentou administrar o resultado após abrir o placar com Bruno Henrique com bom cruzamento de David Braz, os dois reforços para Elano que foram desfalques na derrota para a Chapecoense, na última rodada. O Tricolor se impôs como mandante e logo deu trabalho para a defesa santista.
Zé Rafael, um dos nomes do jogo, tentou entrar na área de Vanderlei e sofreu pênalti cometido por Lucas Veríssimo. Mendoza pediu para bater e deixou tudo igual no placar. Fora dele, o Bahia bem ajustado por Carpegiani ainda tinha o controle.
Os problemas do Peixe eram os mesmos das últimas duas derrotas sofridas: passes sem velocidade e movimentação fácil de ser neutralizada. Se Lucas Lima recebia e levantava a cabeça, lá estava Renê Júnior e Juninho. Com Bruno Henrique, não era diferente. Quando acertava um drible, bola na área. Quando não, contra-ataque para o Bahia.
Foi em um dos contra-ataques que Zé Rafael lançou para Mendoza, livre na área. Mas o gol aconteceu antes do colombiano chegar nela. Alison, de carrinho, tentou tirar, mas mandou para o fundo das redes, contra.
O desespero do Peixe só aumentava. Elano lançou o garoto Yuri Alberto para se juntar a Oliveira dentro da área. Nada adiantou. Em confusão na área, Jean Mota derrubou Edigar Junio e o próprio fez o terceiro, de pênalti, no mesmo canto de Mendoza.
A vitória deixa o Tricolor de Aço em 9º, com 49 pontos e permite os baianos sonharem com a classificação para o G7.
Já o Alvinegro liga o sinal de alerta. Permanece em 4º e fica a um ponto do Cruzeiro e a cinco do Botafogo. Pesadelo alvinegro, sonho tricolor.
Edigar: 10 gols em 9 jogos
Pênalti para o Bahia na etapa final, o segundo para o Tricolor na partida. Edigar Junio, como no jogo passado, pegou a bola, mostrou tranquilidade e marcou o 12º gol dele no Brasileirão.
Ao sair de campo, o camisa 11 falou sobre o sonho de colocar o Bahia na Libertadores, agora com o time um ponto atrás do Flamengo, sétimo colocado.
“Graças a Deus fui feliz novamente. Ele me abençoou, fui feliz e novamente ajudei nosso time. Vamos seguir fortes para mais uma batalha no domingo”, disse.
Sobre o primeiro pênalti no jogo, que Mendoza cobrou, Edigar Junio exaltou a união do grupo.
“Eu não vou ser egoísta. Ele pediu, estava confiante e deixei bater. Somos um grupo unido”, pontuou.
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FICHA TÉCNICA
BAHIA 3 X 1 SANTOS
Local: Arena Fonte Nova, Salvador (SP)
Data-Hora: 16/11/2017 – 21h
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP)
Público/renda: 22.896 pagantes/R$ 478.586,00
Cartões amarelos: Éder, Tiago e Renê Júnior (BAH), Lucas Lima e Jean Mota (SAN)
Cartões vermelhos: –
Gols: Bruno Henrique (16’/1ºT) (0-1), Mendoza (22’/1ºT) (1-1), Alison (contra) (9’/2ºT) (2-1), Edigar Junio (33’/2ºT) (3-1)
BAHIA: Jean; Eduardo (Éder, aos 29’/2ºT), Tiago, Thiago Martins e Juninho Capixaba; Renê Júnior, Juninho (Edson, aos 16’/2ºT) e Allione (Régis, aos 21’/2ºT), Zé Rafael, Mendoza e Edigar Junio. Técnico: Paulo C. Carpegiani.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz (Luiz Felipe, aos 44’/1ºT), e Jean Mota; Alison, Renato (Yuri Alberto, aos 29’/2ºT) e Lucas Lima; Arthur Gomes (Vladimir Hernández, aos 7’/2ºT), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira . Técnico: Elano.