Ministério Público ressaltou nesta segunda-feira (26), em coletiva sobre a Operação Lava Jato, que no momento em que todos os funcionários na Odebrecht estavam em silêncio, a funcionária do setor de operações estruturadas, a baiana Maria Lúcia Guimarães Tavares, foi a única que teve coragem de quebrar o pacto na empresa e revelar o esquema de corrupção.
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O setor em que ela trabalhava era o responsável por pagar propinas aos políticos. Após o depoimento de Maria, foi possível se entender o departamento de propinas da empresa e, consequentemente, a relação com Antonia Palocci. Sob suspeita de ser responsável por parte da distribuição da “rede de acarajés” – que seria referência aos repasses ilegais – da empreiteira, ela foi colocada em liberdade no dia 2 de março, após ficar nove dias presa temporariamente alvo da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato.
A força-tarefa da Lava Jato deflagrou sua 35ª fase, batizada de Omertà ,e prendeu o ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda, Antonio Palocci. O nome desta fase é uma referência à origem italiana do codinome que a Odebrecht usava para se referir ao principal investigado da fase.
A procuradora da República, Laura Gonçalves Tessler disse que o ex-ministro Antônio Palocci teve atuação “intensa e reiterada” na defesa de interesses da empreiteira Odebrecht na administração pública federal. Segundo a procuradora, a empreiteira repassou R$ 128 milhões de reais a uma conta que seria gerida pelo ex-ministro.
A Omertà também investiga o prédio que a Odebrecht deu para Lula. A Lava Jato descobriu que a compra do imóvel foi feita em nome da DAG Construtora, de Salvador. De acordo com O Globo, a empresa “pertence a Demerval Gusmão, amigo e parceiro de negócios de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira.
Varela Notícias