“O Olodum, junto com o Ilê e outras entidades da cultura baiana, contam a história da nossa música e do nosso povo, portanto moram no coração de muitos brasileiros, além de serem nomes conhecidos internacionalmente. Cada baiana ou baiano, de qualquer canto deste estado, tem orgulho da história musical do Olodum, que retrata a história do povo da Bahia”, afirmou o governador Rui Costa, que acompanhou a saída do bloco nesta sexta-feira (24), na sede da instituição, no Pelourinho.
O grupo afro Olodum, que já levou a música baiana para mais de 30 países celebra 30 anos de samba-reggae durante este carnaval. Para o vice-presidente do Olodum, Marcelo Gentil, o Governo do Estado é um parceiro importante do Olodum. “Esta é uma parceria histórica que vai muito além do carnaval. Nós estamos agora desenvolvendo um projeto nas áreas de cidadania e direitos humanos, com jovens aqui do Pelourinho, do Nordeste de Amaralina, do bairro Uruguai, em parceria com a secretaria da Justiça , Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). Isto mostra que o Governo da Bahia tem sensibilidade com o Olodum e principalmente com aqueles segmentos da sociedade que precisam deste trabalho, que precisam da expertise que tem o Olodum ao fazer Cultura. Assim, nós entrelaçamos Cultura com ação política e transformação social”.
Com investimento de R$ 2,2 milhões, os projetos Escola Olodum: Pela Paz e Pela Vida e Bloco Afro nas Comunidades vão alcançar mais de 1,8 mil jovens, entre 15 e 21 anos, com cursos profissionalizantes de Percussão, Canto, Dança e Estética Afro, Turbantes e Trançados. Deste total, 119 já estão sendo qualificados pela Escola Olodum.
O Bloco Olodum tem como tema para o desfile do Carnaval de 2017 “O Sol – Akhenaton: Os Caminhos da Luz”. Serão dois dias de desfile, esta sexta e domingo. Ainda nesta sexta-feira, o bloco compartilha o momento de sua história no circuito Osmar (Campo Grande) com todos os foliões na Avenida. No domingo de Carnaval, o Olodum é o primeiro a desfilar na orla de Salvador, no circuito Barra/Ondina.
O presidente do Olodum, João Jorge, afirmou que o samba-reggae é a música da Bahia. “É a música que levou o estado para 36 países, seis copas do mundo, duas olimpíadas, que trouxe para esta terra personalidades como Michael Jackson e Paul Simon. O samba-reggae deu à Bahia régua e o compasso, foi o último ritmo criado no estado no século passado e que deu ao Olodum e ao Pelourinho o destaque internacional”, afirmou.
Além de organizar a festa no Pelourinho, a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) apoia 91 entidades no Carnaval Ouro Negro e dez projetos com microtrios e nanotrios nos três circuitos da folia pelo projeto Carnaval Pipoca. O tradicional Carnaval de Maragojipe, que reúne cerca de 80 mil pessoas na cidade, também terá apoio da secretaria estadual por meio do projeto Outros Carnavais.