Um grupo de pessoas que mora em Salvador contou ter sido vítima de um golpe por parte de uma investidora da capital baiana. Elas contam que fizeram investimentos entre R$ 100 mil a R$ 600 mil, e perderam a quantia.
O grupo relatou que a empresa empresa Invest Promotora de Créditos e Serviços Financeiros ltda ofereceu um rendimento de 2% ao mês, taxa bem acima da poupança e outras aplicações.
Marcos Conceição, um dos sócios da empresa, disse que a companhia é idônea e que está fechada por causa da pandemia da Covid-19. Ele destacou que as pessoas não investiram dinheiro, mas emprestaram quantias e receberam de volta.
A versão dele, entretanto, é contestada pelo grupo, que conta que aguarda uma solução desde 2017.
“Não houve pagamento, não houve mais satisfação”, disse uma das pessoas que fez o investimento.
O servidor público Fábio Araripe conta que investiu R$ 100 mil e não recebeu o retorno do investimento.
“Houve quebra do contrato, eles não devolviam o meu dinheiro. Eu fiquei na luta, sem colocar o cheque dele [de um dos sócios da empresa] de R$100 mil, porque já imaginava que esse cheque bateria sem fundo”, disse Araripe.
Um arquiteto baiano decidiu aplicar R$100 mil, todo dinheiro que tinha guardado. A intenção era receber 12 parcelas de R$ 2 mil e, ao final de um ano, resgatar o montante. Ele contou que os R$ 100 mil virariam R$ 124 mil mas, em vez disso, acabou recebendo apenas R$ 6 mil e, depois da terceira parcela, o dinheiro deixou de cair na conta.
“Tentei de diversas formas ligar, e não obtinha retorno. Era sempre uma desculpa. Com os três CNPJ que eu tinha, eu procurei o Banco Central, e lá foi constatado que eles não tinham autorização para operar dessa forma, ou seja, fomos enganados”, disse.
Já o prejuízo do analista de sistemas Carlos Aban foi bem maior: R$ 650 mil.
“Eu iniciei uma negociação de devolução do meu valor principal, solicitei que eles realizassem um plano para tal e devolvessem o valor principal, nem que fosse em 10 vezes de R$ 73 mil. Eles se negaram a fazer essa transação de devolução, dizendo que eles não tinham esse dinheiro para devolver e que não tinham bens para devolver, e que eu aguardasse até que a empresa sanasse essas questões financeiras para que a gente voltasse falar [da devolução do dinheiro]”, contou Carlos.
O caso foi parar na Justiça. Luciana Kruschewsky, advogada de defesa do arquiteto, diz, entretanto, que a constante troca de advogados por parte da empresa está atrasando o processo.
“Entram e saem advogados o tempo todo do processo, o que dificulta a ação. Estamos no impasse”, disse.
G1