A capacitação tecnológica chegou ao Bairro da Paz, em Salvador, nesta sexta-feira (5), com a inauguração de um Laboratório Tecnológico de Acesso Público (Include). Impressora 3D, drones, óculos de realidade virtual, internet ultra-rápida e professores qualificados vão proporcionar conhecimento suficiente para que os alunos ingressem no mercado ou desenvolvam o espírito empreendedor.
A iniciativa é uma parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com o Instituto Campus Party, Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC), que forneceu equipamentos e monitores, e ITS Brasil, que oferece a internet de 1 gigabyte e a rede wifi gratuita.
Aos 11 anos, Saidy Naiscimento dos Santos é um dos alunos inscritos. “Eu vim aprender sobre robótica, que me interessa muito. Quero aprender a pilotar drones, informática e trabalhar com a impressora 3D. No futuro, quero ser professor e ensinar os amigos e as pessoas aqui do bairro que querem aprender”.
O professor Jeferson Lima, coordenador pedagógico dos laboratórios do Include em Salvador, explicou que o novo laboratório “recebeu cerca de 150 inscrições. Serão oferecidas três turmas, com três professores, a partir da próxima semana. São espaços para aulas práticas e teóricas, além de oficinas”.
Novos talentos
Para o representante da Secti no evento, Socrates Santana, o espaço Include é um exemplo de sucesso da união entre o Governo do Estado, iniciativa privada e sociedade. “A Bahia vai ser a pioneira na implantação de dez mil laboratórios desses, que serão distribuídos no Brasil inteiro. Devemos atingir 32 municípios do estado, inicialmente onde haja centros sociais urbanos. A meta é oferecer para os jovens novas alternativas e descobrir aqui novos talentos”, afirma.
Presidente da Fundação Campus Party, Francesco Farruggi ressalta que o objetivo do laboratório é incentivar crianças e adolescentes por meio de equipamentos de primeira linha e aulas de eletrônica, mecânica, sensores, robótica e programação. “A gente intuiu que a tecnologia poderia ser uma excelente arma de inclusão social e econômica. É a primeira vez que temos uma geração que ensina os pais e os avós. Se nós damos a oportunidade de que os jovens conheçam os drones, impressoras 3D e realidade virtual, eles têm capacidade de se desenvolver sozinhos”, diz Farruggi.