As exportações superaram as importações em US$ 6,121 bilhões em outubro, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Esse é o melhor superávit para o mês desde o início da série histórica, em 1989. O resultado é 17,9% superior ao registrado em outubro do ano passado (US$ 5,193 bilhões).
No mês passado, as exportações somaram US$ 22,226 bilhões, alta de 12,4% em relação a outubro do ano passado pelo critério da média diária. As importações totalizaram US$ 16,105 bilhões, também com crescimento de 12,4% pela média diária.
Apesar do recorde em outubro, o superávit da balança comercial continua a cair no acumulado do ano. Nos dez primeiros meses de 2018, o país exportou US$ 47,721 bilhões a mais do que importou, recuo de 18,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 58,451 bilhões).
A diminuição do saldo comercial deve-se principalmente à recuperação das importações, que aumentaram 20,6% em relação aos dez primeiros meses de 2017 pelo critério da média diária, contra expansão de 8% das exportações pelo mesmo critério. Por causa da recuperação da produção e do consumo, as importações recuperaram-se em relação aos últimos anos.
No mês passado, o crescimento das exportações foi puxado pelos produtos básicos, cujas vendas subiram 26% em relação a outubro de 2017. As exportações de semimanufaturados aumentaram 3%; e as vendas de produtos manufaturados, 5,5%. A alta das importações foi impulsionada pela compra de combustíveis e lubrificantes, que cresceram 24,2%; de bens intermediários (11,2%); de bens de capital, máquinas e equipamentos usados na produção, com alta de 11,1%, e de bens de consumo (7,8%).
No ano passado, a balança comercial teve saldo positivo de US$ 67 bilhões, o melhor resultado da série histórica. O MDIC mantém a estimativa de que o superávit fechará 2018 em torno de US$ 50 bilhões.
O mercado financeiro tem projeções mais otimistas. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a balança comercial encerrará o ano com superávit de US$ 56 bilhões.
O resultado está em linha com as estimativas oficiais do Banco Central (BC). No último Relatório de Inflação, divulgado em setembro, o BC prevê superávit de US$ 55,3 bilhões, com exportações de US$ 231 bilhões e importações de US$ 175,7 bilhões.
Agência Brasil