O candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi, que na verdade não tem o animal no nome, defende a autonomia do Legislativo em relação ao poder Executivo e tem pelo menos três razões para deixar essa posição bem clara.
A primeira é que do outro lado na disputa na Câmara está Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Também porque sua candidatura foi lançada pelo atual ocupante da presidência da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que barrou inúmeras pautas do Planalto desde 2019. E, para finalizar, por uma questão de coerência: como presidente do MDB, estabeleceu que o partido não participaria do governo.
Tem 48 anos e começou na política aos 20, quando se elegeu vereador de Ribeirão Preto. Dessa eleição vem um de seus maiores orgulhos, o apoio do então deputado federal Ulysses Guimarães, símbolo da luta contra a ditadura militar, presidente da Constituinte, em 1988, e um dos maiores nomes da história do MDB.
Naquele mesmo ano, Ulysses desapareceria em um acidente de helicóptero em Angra dos Reis (RJ), mas antes disso deu um empurrão na carreira pública do filho de seu amigo Wagner Rossi, político paulista que chegou a integrar os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff como ministro da Agricultura.
É filho de político influente, teve o apoio de Ulysses no currículo e ainda impulsionou sua popularidade apresentando um programa de TV que passou em emissoras locais do interior paulista.
De 1995 a 2006, ele comandou o Programa do Baleia (veja vídeo abaixo, compartilhado pelo próprio Baleia Rossi em agosto de 2020), atração que passava em Ribeirão Preto e outros municípios de São Paulo, com quadros de pesca, de transformação visual e de visitas a pessoas comuns que eram homenageadas com buquês de flores que ele mesmo entregava.
A visibilidade o ajudou a se eleger deputado estadual em 2002.
R7