O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é forte candidato a ocupar a liderança do partido na Casa, mas sofre resistência dos próprios colegas por causa dos processos na Justiça e dos inquéritos da Lava Jato. Renan deverá deixar a presidência do Senado em fevereiro. Senadores ouvidos pelo G1 explicaram que o fato de ele ser investigado pode desestabilizar e constranger o partido. “Do ponto de vista legal é um absoluto constrangimento. Eu não sou inimigo do Renan, sou amigo dele, mas é um problema”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR). Outro peemedebista, que preferiu não se identificar, disse que não existe consenso na bancada. “A restrição a Renan decorre do fato de ele ser réu no Supremo. Fora isso, Renan reúne todas as qualidades. É articulado e tem experiência. Mas há uma interrogação em relação ao futuro dele e isso está prevalecendo”, justificou. Apesar disso, uma parte da bancada peemedebista defende o nome de Renan para a liderança do partido. “Se ele for o líder, é excelente. Não tem nome melhor do que o de Renan. É um peemedebista preocupado com o partido e é o melhor para unir a bancada”, avaliou João Alberto (PMDB-MA). A assessoria de Renan não comentou o assunto.
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