Como qualquer região do corpo, a área genital passa por transformações significativas ao longo da vida, sobretudo durante a menopausa, quando a queda na produção hormonal provoca uma série de sintomas que comprometem o bem-estar feminino e o funcionamento da região íntima. Junto com esse desequilíbrio hormonal, podem surgir problemas como atrofia genital, ressecamento vaginal, perda de colágeno e incontinência urinária, além de risco aumentado para infecções de repetição e uma série de desconfortos na realização de movimentos simples durante o dia. Também podem surgir queixas como escurecimento e flacidez da região íntima, assim como problemas funcionais e estéticos decorrentes de outros fatores, como variações de peso, tratamentos oncológicos e traumas obstétricos.
Para a ginecologista com olhar integrativo da saúde da mulher, Ticiana Cabral, a menopausa é um momento que marca o fim do ciclo reprodutivo da mulher, mas isso não representa o fim da sua vida sexual. “Além da queda hormonal, que pode trazer sintomas dolorosos e abalar a autoestima, a sexualidade também está ligada a fatores ambientais e comportamentais. Uma alternativa eficaz para ajudar essa paciente a recuperar a mucosa vaginal e, assim, reduzir os impactos da menopausa, é o laser genital”, destaca.
O laser genital é um tratamento não medicamentoso que possui várias indicações voltadas para a regeneração íntima, melhorando a funcionalidade do aparelho geniturinário. A tecnologia é capaz de estimular a produção de colágeno e elastina da região íntima e deixar a pele mais hidratada, rejuvenescida e saudável. “Ao estimular a renovação celular e promover tônus na musculatura vaginal, o laser trata flacidez, incontinência urinária leve, falta de lubrificação e atrofia vaginal”, explica Ticiana.
É um procedimento rápido, seguro e indolor, feito no próprio consultório, que devolve o aspecto estético e funcional das pacientes de forma minimamente invasiva, podendo ser usado não só na menopausa, mas também no pós-parto ou durante o tratamento de câncer de mama, quando a paciente está com déficit de estrogênio (hormônio). Ele pode ser utilizado para tratar queixas pós-cirúrgicas, como cicatrizes inestéticas na pelve ou na região perineal, assim como reduzir os efeitos colaterais da radioterapia pélvica que agride diretamente a vagina causando secura e a falta de elasticidade.
“É um tratamento que vai muito além da estética e que revoluciona a vida de muitas pacientes, sendo uma alternativa para quem não pode fazer uso de hormônios e permitindo que muitas mulheres vivam ao máximo suas potências, aumentando a confiança e a autoestima”, comenta a ginecologista.
De acordo com a ginecologista, os resultados do tratamento com o laser íntimo podem ser observados a partir da primeira sessão. “A sessão do laser genital é feita no consultório com a introdução da sonda no canal vaginal, que emite os raios do laser. Cada sessão dura uma média de 30 minutos e geralmente os protocolos orientam, em média, três sessões com intervalo mensal. Mas isso pode mudar a depender da necessidade de cada pessoa”, explica a médica.
Além do tratamento a laser, ter uma dieta equilibrada associada à prática regular de atividade física faz com que a mulher tenha mais qualidade de vida, sobretudo na menopausa. “Tudo isso traz de volta o conforto, o equilíbrio, a autoestima e o bem-estar físico e emocional que a mulher precisa”, destaca Ticiana.