Por oferecer uma grande variedade de produtos a um preço mais baixo, a Black Friday, que neste ano será em 27 de novembo, é uma data muito aguardada pelos consumidores.
No entanto, apesar da tentação, é preciso ficar atento para não ser vítima de golpes e crimes virtuais durante o momento das compras, especialmente neste ano, que, por causa da pandemia do novo coronavírus, o comércio online estará em alta.
Para Plauto Holtz, advogado especialista em direito do consumidor, o primeiro ponto para fugir de armadilhas virtuais durante a Black Friday é pesquisar previamente os preços dos produtos que deseja comprar com bastante antecedência.
“Assim você evita cair naquela velha tentação de acessar um link via rede social, com promoções milagrosas”, explica.
Com isso em mente, além de Holtz, o R7 Economize procurou Lucas Vieira, gerente de produto da Soluti — empresa especializada em tecnologia da informação — e o site Cuponomia para dar dicas sobre como se proteger durante as compras online e fugir de golpes.
Em 2020, começou a valer a Lei Geral de Proteção de Dados. A legislação prevê proteção integral aos dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil.
“O site precisa ter um termo de consentimento visível e deixar bem descrito nas promoções e contratos quem e como esses dados são armazenados e utilizados”, diz o advogado Lucas Vieira.
Plauto Holtz indica que o melhor lugar para se informar sobre os descontos e promoções é no site oficial da marca do produto.
No entanto, com a crescente migração de serviços para o ambiente digital, constatou-se também um aumento no número de golpes que envolvem sites e e-commerces falsos.
Considerando esse cenário, segundo Vieira, o primeiro passo para se proteger dessas armadilhas é verificar se o site em questão possui um certificado digital SSL.
“Ele identifica e protege as informações, criptografando-as no tráfego entre o computador do visitante e o servidor no qual o site está hospedado”, explica.
Além disso, Vieira reitera a importância de se verificar a reputação do site no Procon e em sites confiáveis que oferecem esse tipo de serviço, como o Buscapé e Reclame Aqui.
Apesar de a recomendação de se procurar informações em sites oficiais, o site Cuponomia indica que procurar os perfis de grandes lojas nas redes sociais também é uma saída para evitar links maliciosos e com promoções inexistentes.
“Certifique-se de que você está seguindo as páginas oficiais. Elas têm um selo de verificação. Dessa maneira, você não só garante acesso rápido às ofertas divulgadas nas redes, como mantém um primeiro bloqueio contra criminosos que costumam criar perfis falsos no Facebook ou no Instagram para enganar vítimas na Black Friday.”
O Cuponomia aponta que baixar antivírus com módulo de proteção contra sites falsos é essencial para se proteger de golpes.
Além disso, o site revela que é possível instalar plugins — extensões do Google Chrome, por exemplo — que avisam se uma promoção é real ou se o preço de determinado produto subiu, entre outros truques para não cair em ciladas.
Vieira reforça a importância de possuir uma boa proteção no seu computador ou dispositivo móvel, pois isso ajuda a detectar, além de sites falsos, vírus e malwares.
“Hoje há no mercado diversos programas com versões de testes gratuitas e de assinatura. Como o antivírus Kaspersky, por exemplo”, afirma.
Bloquear números que enviam links suspeitos pelo WhatsApp é também uma boa saída para fugir de armadilhas virtuais.
Outra forma que os criminosos utilizam para enganar os consumidores é por meio de e-mails promocionais falsos.
Assim como em publicações de páginas falsas em redes sociais, as promessas de descontos milagrosos e produtos com preço muito abaixo do praticado são atrativos e enganam o consumidor.
Para Lucas Vieira, gerente de produto da Soluti, é bom evitar esse tipo de mensagem e acessar canais oficiais. “É sempre indicado que o consumidor veja diretamente no site da loja e evite clicar nos links dessas mensagens, que em muitos casos são falsos e parte de golpes”, explica.
Se por acaso você cair em um golpe, é importante que tenha escolhido como forma de pagamento o cartão de crédito.
Segundo Plauto Holtz, advogado especialista em defesa do consumidor, é melhor evitar depósitos bancários ou pagamentos à vista. “Pois, havendo uma fraude, você poderá contestar aquela despesa”, ressalta Holtz.
Durante as compras online, pode acontecer de você encomendar um produto e ele nunca ser entregue. Você perde o dinheiro e fica de mãos abanadando.
Para evitar esse tipo de situação, muito comum em perfis falsos de lojas, que aplicam golpes nos consumidores e depois bloqueam toda forma de contato, é sempre preciso lembrar que o melhor lugar para comprar é em um estabelecimento de confiança.
“Além disso, é importante que o usuário observe se o portal disponibiliza canais de relacionamento com o cliente e uma política de troca. Caso se sinta lesado, todas as compras, sejam em loja física ou virtual são regidas pelo código de defesa do consumidor”, completa Vieira.
R7