Bloqueador veicular é um dos recursos para se desligar o motor de um carro que tenha sido roubado. É um dispositivo eletrônico controlado remotamente que pode cortar a corrente elétrica do motor ou a linha de combustível que vem do tanque. Em qualquer das duas hipóteses, o automóvel é imobilizado e abandonado pelo ladrão.
O bloqueador pode, entretanto, ser um perigo. Em primeiro lugar pois, acionado involuntariamente, o próprio dono do carro pode ser surpreendido ao volante, numa estrada, com o motor sendo desligado subitamente. Não bastasse este perigo, o motor desligado implica em outros: o carro continua rodando praticamente sem freio pois faltará vácuo e com o volante duríssimo, caso a assistência à direção seja hidráulica.
Bloqueador pode também ser um prato cheio para os vigaristas eletrônicos: hackers podem interferir nos comandos do automóvel à distância e te obrigar a parar no acostamento, partindo para o “bote final”. Isso não é delírio: nos EUA já houve diversas interferências recentemente só para se provar a fragilidade dos carros do tipo semi-autônomos. Um deles foi roubado num estacionamento depois que o ladrão entrou no automóvel com seu computador. Em poucos segundos ele assumiu o controle e desapareceu com o carro.
Além disso, instalar o bloqueador pode interferir no esquema elétrico do carro e a fábrica negar a garantia diante de um problema, ainda que o defeito não tenha nada a ver com o sistema elétrico. Mal instalado, ele pode também interferir em outros componentes eletrônicos e prejudicar o funcionamento do automóvel.
Outro argumento contra o bloqueador veicular é que, na prática, ele resolve pouco. Se o carro foi levado por um amigo do alheio, o dispositivo é acionado e o carro para por falta de energia elétrica no motor ou de combustível. Entretanto, não se tem condições de localizá-lo. Uma proteção mais efetiva é associar o bloqueador a um rastreador: neste caso, quando o carro é imobilizado, será facilmente localizado pelo rastreador.
R7