O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição, a Wal, pediu demissão nesta segunda-feira (13) pela manhã. Segundo Bolsonaro, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade.
Ela foi apontada em reportagens do jornal “Folha de S. Paulo” como uma assessora fantasma do deputado que trabalhava em sua residência em Angra dos Reis e vendia açaí na cidade, no ‘Açai da Wal’.
O caso foi lembrado pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no debate entre os presidenciáveis realizado na última quinta-feira (9), na Band.
O pedido de demissão aconteceu após a reportagem da “Folha de S.Paulo” voltar hoje a Angra dos Reis e comprar um açaí e um cupuaçu com a própria Wal no estabelecimento dela no município durante horário de expediente da Câmara.
“O crime dela foi dar água para os cachorros”, disse Bolsonaro a jornalistas, sobre os serviços prestados pela funcionária em sua residência no litoral do Rio de Janeiro.
Pelo site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente salário bruto de R$ 1.351,46. “Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso”, disse.
Bolsonaro disse ainda que pode ser um dos alvos dos protestos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O movimento iniciou uma marcha à Brasília para dar apoio à inscrição junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na próxima quarta-feira da chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a presidente.
“Estou sabendo que o MST vai estar aqui a partir de hoje. Ações acontecerão em Brasília e, a princípio, eu sou uma pessoa que interessa para eles”, disse ele a jornalistas nesta segunda-feira.
R7