Em fala a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro disse que até março vai decidir se seguirá com o projeto de criar o partido Aliança pelo Brasil ou se filiará a outra legenda.
“Em março, vamos reestudar se o partido decola ou não. Se não decolar, a gente vai ter que ter outro partido. Se não não temos como nos preparar para as eleições de 2022”, afirmou o presidente a um seguidor que trabalha na formação da sigla.
A família Bolsonaro mantém o projeto político de criar a legenda, uma alternativa encontrada pelo clã com o rompimento do PSL após as eleições de 2018. Mas as dificuldades de formar o partido e os resultados das eleições municipais do ano passado, fazem com que o presidente e seus conselheiros mais próximos mantenham abertas as portas de outras siglas, que poderiam abrigar o projeto político dos Bolsonaros para 2022.
“É muita burocracia, muito trabalho, certificação de fichas, depois passa pelo TSE também. O tempo tá meio exíguo para a gente. Não vai deixar de continuar trabalhando, mas vou ter que decidir. Não é por mim, não estou fazendo campanha para 2022. Mas o pessoal quer disputar em um partido onde tivesse simpatia minha. Então, esta é a intenção”, reclamou o presidente.
Ao R7 Planalto, em novembro, um dos articuladores do grupo explica que conforme o tempo passa, mais o “Plano B vai virando Plano A”. São, portanto, reais as chances da família migrar para um partido já existente para as Eleições de 2022, quando o presidente deve disputar a reeleição.
“Eu não tenho como coordenar isso aí, não tenho tempo para isso. Tem o pessoal que ajuda, agradeço a vocês que ajudam de forma voluntária. Mas não é fácil você conseguir 500 mil fichas certificadas.”, acrescentou Bolsonaro nesta segunda-feira de manhã.
A uma apoiadora que pediu para o presidente entregar títulos de regularização fundiária para produtores da Ilha do Bananal, no Tocantins, o presidente afirmou que, neste tema, em dois anos realizou mais do que nos 20 anos anteriores.
“Nesses dois anos, nós entregamos mais títulos que os 20 anos anteriores. Isso tá sendo trabalhado no país todo”, disse, porém, sem apresentar números. O presidente prometeu que verá “a questão do Bananal”.
R7