O relatório Aspectos Fiscais da Saúde no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (01) pela Secretaria do Tesouro Nacional, revelou que os gastos públicos com saúde no Brasil equivaleram a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. O país está na 64ª posição em gastos com saúde, no ranking com 183 países. Os dados são do Banco Mundial. Segundo o relatório, o Brasil está “ligeiramente superior” à média da América Latina e Caribe, que gasta 3,6% do PIB, e abaixo dos países desenvolvidos, que aplicam, em média 6,5% do PIB em saúde.
De acordo com a Agência Brasil, o documento aponta ainda que a relação entre a despesa federal primária com sáude e a receita corrente vem subindo continuamente, passando de 6,7% em 2008 para 8,3% em 2017. No ano passado, o gasto primário da União em saúde totalizou R$ 111,1 bilhões.
“Constata-se que a despesa pública em saúde no Brasil está em patamar mediano em comparação com a média internacional, mas relativamente inferior ao volume de recursos empregados nos sistemas de saúde universais dos países europeus, como Reino Unido e Suécia, que apresentam boa qualidade”, diz o estudo.
De acordo com o relatório, o aumento real acumulado acima da inflação, nos últimos dez anos, também não foi suficiente para colocar o Brasil no patamar dos países desenvolvidos. Segundo o estudo, o aumento dos custos dos serviços de saúde acima da inflação e o envelhecimento da população pressionam o aumento nos gastos com sáude.
Bahia Notícias