O nome da substância, que teve resultados promissores em ensaios laboratoriais, não foi revelado pelo ministro, “para evitar uma correria em torno deste medicamento”.
As pesquisas iniciadas pelo ministério foram feitas pelo CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e envolvem a busca por um medicamento que já se encontre no mercado e possa ter resultados contra o novo coronavírus, chamada reposicionamento de fármacos.
Seis moléculas se mostraram promissoras, sendo que uma delas, a que será estudada em humanos, apresentou 94% de eficácia nos ensaios in vitro (com células infectadas em laboratório).
Marcos Pontes ressaltou que não é a cloroquina que está sendo estudada, mas um “remédio sem efeito colateral”.
“O fato de ele não ter esses efeitos colaterais significa que pode ser usado por qualquer pessoa desde o início do problema”, disse.
Apenas pacientes internados em sete hospitais selecionados serão submetidos ao teste. Eles receberão o remédio por via oral durante cinco dias e permanecerão por mais nove dias em observação.
“Esperamos que estes testes sejam concluídos em aproximadamente quatro semanas, a depender da entrada desses pacientes”, disse Pontes.
O ministro admitiu, no entanto, que é preciso aguardar o resultado do ensaio clínico.
“Existe possibilidade de isso não funcionar? Existe. Ciência é sempre assim”, embora tenha se mostrado otimista.
Arte/R7