O Governo do Distrito Federal anunciou hoje (17) o lançamento da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O tema é Meninas, Mulheres & Respeito. A programação começará na próxima segunda-feira (20), dia da Consciência Negra, e contará com mais de 20 atividades como o lançamento do Aplicativo Viva Flor, palestras, capacitações, oficinas, mobilizações e debates, tudo em função do combate à violência contra mulheres e meninas.
O encerramento será no dia 6 de dezembro. A proposta é chamar a atenção da sociedade para os vários fatores que determinam a agressão de mulheres por pessoas do sexo masculino, em especial, por companheiros, pais e parentes próximos.
“A campanha é importante para chamar a atenção e sensibilizar parte da sociedade. Para chamar a atenção também das famílias nos cuidados que devem ter porque podem estar vivendo situações abusivas”, disse a secretária-adjunta da Mulher, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Distrito Federal, Márcia de Alencar.
Crescem casos de violência contra mulheres
Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF, houve aumento nos casos de violência contra mulheres. Passaram de 360 no ano passado para 560 até outubro deste ano. A predominância ocorre entre meninas de 10 a 14 anos, e de maioria negra. Em 95% dos casos, a agressão é cometida onde as vítimas moram.
Márcia alertou para os possíveis sintomas de uma vítima de estupro. “A criança apresenta sinais de falta de apetite, sonolência, sintomas de depressão e começa a sentir vergonha do próprio corpo, além de sinais de agressividade de uma forma desproporcional. A violência sexual não é apenas física, mas principalmente psicológica e pode gerar transtornos significativos para o desenvolvimento saudável da criança”, afirmou.
No Distrito Federal, as ações da campanha terão foco nas regiões de maior vulnerabilidade social, como o Sol Nascente, na Ceilândia, com mais casos de estupro. Para qualquer denúncia de violência contra a mulher, o Governo do Distrito Federal disponibiliza o telefone 156, opção 6. Há, ainda, os números nacionais 100 e 180.
Agência Brasil