Embora a Odebrecht S.A. tenha protocolado um pedido de recuperação judicial nessa segunda-feira (17), as maiores companhias operacionais do grupo não fazem parte do pleito. É o caso da Braskem (petroquímica), OEC (construção civil), Odebrecht Transport (infraestrutura), Enseada (estaleiro), Ocyan (petróleo) e OR (incorporação imobiliária).
Até então, a recuperação envolve outras 21 empresas do grupo baiano, o que inclui a holding ODB e a Kieppe. Elas somam dívidas que chegam a R$ 98,5 bilhões, sendo o maior pedido de recuperação judicial já ocorrido no Brasil.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o pacote é composto por R$ 51 bilhões em débitos diretamente sujeitos à recuperação judicial e R$ 14,5 bilhões extraconcursais, ou seja, que possuem garantias extras, como as ações da Braskem. Além disso, há R$ 33 bilhões em dívidas com empresas dentro do grupo.
QUEDA
O grupo Odebrecht nasceu em 1944 na Bahia e, de acordo com a publicação, chegou a faturar R$ 132 bilhões e empregar cerca de 193 mil pessoas. No entanto, eles enfrentam dificuldades desde a deflagração da Operação Lava Jato em 2014.
As investigações decorrentes, que até hoje possuem desdobramentos, revelaram um esquema de corrupção em que executivos das empresas pagavam propinas a políticos e funcionários públicos.
Bahia Notícias