No ano de 2021, a VIABAHIA Concessionária de Rodovias S.A recuperou 600 quilômetros de faixas de rolamento das BRs116 e 324. Além das melhorias em pavimento, que é uma das principais demandas dos usuários, a empresa também construiu quatro novas passarelas de pedestres e fez a manutenção de outras 14 estruturas. Ao todo, foram aplicados R$ 120 milhões em melhorias, o maior volume de investimento desde 2015, quando houve a troca do controlador financeiro da empresa.
Nesse montante estão ainda obras como manutenção em 40 viadutos, recuperação de sete quilômetros de sarjetas e de nove terraplenos, a fim de evitar erosões e deslizamentos na estrada. Intervenções como essas foram cruciais para evitar interdições da rodovia durante as fortes chuvas que atingiram a Bahia no fim do ano passado. “Como fizemos as manutenções no decorrer de 2021, quando vieram as chuvas intensas não tivemos danos significativos e pudemos, com isso, manter o tráfego e a prestação do serviço”, destaca o Superintendente de Engenharia, Ítalo Argolo.
Além da preocupação com a qualidade técnica, todas as intervenções sob responsabilidade da companhia devem estar totalmente alinhadas com a responsabilidade ambiental. Por isso, a VIABAHIA trabalha com o destino sustentável de materiais, a exemplo da reciclagem de fresado de asfalto.
O material é uma camada de pavimento que sobra ao fim do asfaltamento de uma via. Para evitar o descarte irregular ou o desperdício, o subproduto é aplicado em estradas vicinais e na recuperação das marginais da rodovia, onde o tráfego de veículos é menor. O uso do fresado de asfalto ocorreu em caráter experimental pela VIABAHIA em um trecho de 1,3 km.
Também para avaliação de viabilidade, a companhia importou mil toneladas de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) da Rússia. A compra internacional visou à economia na compra de insumo em um contexto interno de elevação contínua do preço do barril do petróleo e de seus derivados. Além disso, o CAP russo tem qualidade superior ao produzido no Brasil, o que resulta, no fim, em um pavimento mais resistente.
Dessa forma, com uma economia de cerca de 20% no custo total de aquisição do insumo — considerando valor de compra, a taxa de câmbio e a logística de importação —, a VIABAHIA adquiriu um produto melhor e em tempo adequado. Para se ter uma ideia, da compra do CAP russo ao desembarque do contêiner no Porto de Aratu, o processo durou cerca de 60 dias. A depender do custo dos insumos em 2022, a VIABAHIA pode repetir o procedimento.