Quatro funcionários da mineradora Vale foram convocados a voltar à Assembleia Legislativa de Minas Gerais e prestar novo depoimento sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, nesta segunda-feira (12). Um quinto trabalhador da companhia e outro da empresa de consultoria alemã Tüv Süd, que não haviam prestado esclarecimentos graças a um habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça), também foram chamados para serem ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a tragédia.
Os funcionários da empresa que já prestaram depoimentos e foram novamente convocados são: o geólogo César Augusto Paulino Grandchamp; Cristina Heloiza da Silva Malheiros, Artur Bastos Ribeiro e Renzo Albieri Guimarães Carvalho, da gerência de geotecnia.
De acordo com os deputados que fazem parte da CPI, os profissionais já alegaram desconhecer informações que poderiam ter evitado o colapso da barragem B1. Contudo, depoimentos de outras testemunhas indicam que os funcionários já haviam sido informados sobre instabilidades na estrutura. Assim, os parlamentares decidiram convocar o grupo novamente para confrontar os relatos.
Esta não é a primeira vez que César Grandchamp, Cristina Malheiros e Renzo Albieri são acionados novamente. No último dia 11 de julho eles deveriam ter se apresentado aos deputados, mas foram liberados graças a um habeas corpus do desembargador Marcílio Estáquio dos Santos, do TJMG (Tribunal de Justiça de Mina Gerais).
Outros
Os outros dois convocados para a reunião desta segunda-feira é o engenheiro Denis Rafael Valentim, da Tüv Süd, empresa alemã que atestou a segurança da barragem e Marco Antônio Conegundes, coordenador do plano de ação de emergência da Vale.
Ao contrário dos quatro primeiros citados, a dupla nunca foi ouvida pelos deputados mineiros, uma vez que conseguiram uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que havia desobrigado-os de prestar depoimento, quando eles foram convocados.
A nova reunião está prevista para começar às 9h30. Até o fechamento desta reportagem, não havia medidas judiciais para livrar os convocados do depoimento.
A lama de rejeitos da barragem de Brumadinho varreu casas, vegetação e comunidades que viviam no entorno da Vale. Até esta segunda-feira, 248 corpos haviam sido identificados e outras 22 pessoas seguiam desaparecidas.
R7