A situação do sistema de transporte público nas capitais, agravado pela pandemia de Covid-19, foi abordado pelo prefeito Bruno Reis nesta quinta-feira (1º), durante a primeira reunião do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. O encontro, ocorrido de forma virtual, teve como objetivo discutir ações de enfrentamento à pandemia e reuniu integrantes da diretoria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e do Conectar.
Na ocasião, o chefe do Executivo de Salvador pediu que as Casas atuem por uma Medida Provisória que garanta socorro ao sistema em curto prazo. “O fato é que precisamos gerar caminhos. Depois da pandemia, o pior problema hoje enfrentado nas cidades é o transporte público”, alertou Reis.
Os integrantes também destacaram a importância da participação dos municípios no Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, instituído no dia 26 de março. A sugestão do presidente da FNP, Jonas Donizette, é que dois prefeitos possam representar as cidades nas discussões do grupo para contribuir na definição de medidas de enfrentamento à Covid-19.
O prefeito de Florianópolis (SC) e presidente do Conectar, Gean Loureiro, afirmou que o consórcio vem para contribuir no processo de imunização da população. “Representando 150 milhões de brasileiros, o consórcio tem a missão mais importante do municipalismo hoje. E a ideia não é fazer oposição ao governo, pelo contrário. O objetivo é somar esforços para acelerar o processo de vacinação”, declarou.
Para o presidente do Senado, a proposta de união do consórcio é fundamental no cenário atual e dialoga coerentemente com o conceito do Comitê. Ainda conforme o parlamentar, a participação de governantes locais na instância é uma ideia “absolutamente razoável”. “Não há nada pior nesse momento que a desarticulação”, ressaltou Pacheco.
Reafirmando a necessidade de regulamentação da Lei 14.124/2021, que permite a compra de vacinas pelos entes subnacionais, a solução deverá ser a edição de uma Medida Provisória ou um novo Projeto de Lei, conforme explicou o senador.
Foto: Valter Pontes/Secom