Após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), na tarde desta terça-feira (25), de suspender o habeas corpus concedido ao goleiro Bruno Fernandes, ele se apresentou em uma delegacia de Varginha, no sul de Minas Gerais, onde mora atualmente, no início desta noite. O atleta foi até a unidade instruído pelo advogado dele, Lucio Adolfo. Porém, de acordo com defensor, o mandado de prisão do jogador não estava disponível. Dessa forma, Fernandes voltou para casa e se comprometeu a se reapresentar nesta quarta-feira (25).
A liminar que concedeu liberdade ao jogador foi analisada nesta tarde pelos ministros da Primeira Turma do STF. Por três votos a um ficou decidida a revogação do documento, cendido pelo ministro da Corte, Marco Aurélio Mello.
Mello permitiu a soltura de Bruno, do dia 24 de fevereiro, por considerar excessiva a demora da análise de um recurso apresentado pelos advogados do jogador. O pedido foi enviado à Justiça em 2013 e, até hoje, não foi apreciado. Assim, para o entendimento de Mello, Fernades teria o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
Na última quarta-feira (19), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou um parecer favorável à revogação da liminar. Segundo o procurador, a defesa do jogador contribui para a demora do julgamento, já que os advogados fazem diversas intervenções nos autos do processo e atrasam os trâmites legais. Para a Procuradoria, Fernandes não cumpre prisão preventiva, como citado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que concedeu o habeas corpus à Fernandes. Segundo o parecer de Janot, Fernandes estava, a pedido da própria defesa, cumprindo a pena provisoriamente.
Mello estava como substituto eventual no caso até a substituição do relator originário, o ex-ministro Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano. Na última semana, ministro Alexandre de Moraes assumiu a relatoria do processo em definitivo.
R7