A cidade de Botucatu, alvo de ataques de cerca de 30 homens a agências bancárias na madrugada de quinta-feira (30), amanhece novamente cercada pelas forças policiais. Eles buscam os supostos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que participaram da ação.
Logo na madrugada do ataque, a Polícia Miliar acionou um plano de contenção de ações contra bancos e cercou a região para impedir que a quadrilha deixasse a cidade. As saídas da cidade foram cercadas para evitar quaisquer confrontos em áreas urbanas e evitar danos a pessoas inocentes.
Ainda pela noite de quinta, as diligências a fim de buscar os envolvidos no ataque seguiram pela cidade, com 70 viaturas e mais de 200 policiais.
Foram acionados sete batalhões de área, policiais do Comando de Operações Especiais, duas unidades do Baep (Batalhões de Ações Especiais de Polícia), considerada como a “Rota do Interior”, além da própria Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar), que é a tropa mais letal da polícia paulista, e do comando aéreo.
Ao todo, no primeiro dia, sete fuzis calibre 762 e calibre .50, uma metralhadora 9 mm foram apreendidos pela polícia. Um malote de dinheiro que teria sido levado de uma agência do Banco do Brasil também foi recuperado. O grupo que atacou as agências bancárias estava bem equipado e preparado, segundo os policiais.
Também foram localizados e apreendidos sete veículos, dois coletes à prova de bala e um rádio comunicador. Os policiais ainda recolheram 17 artefatos explosivos improvisados, dois cartuchos de emulsão e três granadas.
A reportagem do R7 conversou com moradores de diferentes regiões da cidade. Segundo seus relatos, a quinta-feira foi marcada por medo e apreensão também após os tiroteios acabarem.
“Estamos todos trancados dentro de casa e com medo, porque não se sabe onde os caras estão e se ainda vão fazer alguma coisa. Tá todo mundo bem tenso”, relatou Anália Fressati.
Outra moradora, que preferiu não ser identificada, disse que, com a quantidade de tiros que ouviu, parecia estar em meio a uma guerra. “Nunca senti medo por tanto tempo. Quando a gente achava que tinha parado, se ouvia mais tiros”, diz.
R7