Quase todas as mulheres ao longo da vida terão algum episódio de odor vaginal anormal. O ginecologista Augusto Brandão explica que “qualquer descontrole na flora vaginal pode gerar um aumento do número de bactérias” que provocam um cheiro desagradável.
Uma das substâncias produzidas por esses micro-organismos é o ácido láctico. “Isso responde por mais da metade dos casos, mas não exime a mulher de procurar um especialista”, afirma.
Segundo o médico, doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs (a principal é a tricomoníase), e até mesmo câncer de colo uterino podem provocar maus odores. Por isso, a importância de um diagnóstico.
O médico acrescenta que alguns hábitos podem levar ao desequilíbrio de bactérias na vagina, incluindo vestir calças apertadas, roupas íntimas sintéticas, excesso de banhos e uso de sabonetes íntimos ou absorvente interno.
“Usar uma calça de academia durante uma hora de exercícios físicos não tem problema, mas não se deve usar esse tipo de calça o dia todo”, observa o especialista, que também pontua o clima quente brasileiro como fator que contribui negativamente nesses casos.
As principais recomendações para evitar odores estranhos na região íntima, ressalta o ginecologista, são:
• Não higienizar a região íntima em excesso.
• Preferir calcinhas de algodão.
• Não usar calças apertadas.
• Tentar dormir sem calcinha.
Uma vez que o médico identifique que o odor anormal não tem como causa uma doença específica, o tratamento é simples e relativamente rápido.
Brandão afirma que a cura inclui mudanças de hábitos, mas pode também serem receitados cremes ou antibióticos para ajudar a regular a quantidade de bactérias na vagina.
R7