Os candidatos Caetano (PT) e Flávio (União Brasil) irão disputar, pela primeira vez na história do município, o segundo turno pela Prefeitura de Camaçari. O resultado foi matematicamente definido às 23h55 e os eleitores da cidade da Região Metropolitana de Salvador foram os últimos em todo o Brasil a saberem o resultado das urnas.
Com 100% da apuração feita pelo o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), foi constatado que Caetano (PT) obteve 49,52% (77.926 votos), enquanto Flávio (União Brasil) ficou com 49,17% (77.367 votos). A disputa na cidade contou com seis candidatos.
O g1 entrou em contato com a assessoria do TRE-BA para saber o que motivou a demora na apuração dos votos em Camaçari, e o órgão informou que houve problema nas urnas.
Confira a porcentagem dos derrotados na eleição:
- Oswaldinho (MDB) – 0,71%;
- Cleiton (Novo) – 0,44%;
- Lazinho (PMB) – 0,09%;
- Cleiton Santos (PCO) – 0,07%.
Por que vai ter segundo turno?
Camaçari passa a ter segundo turno porque, de acordo com a Constituição Federal, a segunda rodada de votação é válida apenas para municípios com mais de 200 mil eleitores, número que foi atingido pelo município neste ano, segundo o TRE-BA.
Os eleitores serão obrigados a voltar às urnas no dia 27 de outubro, já que o primeiro turno foi encerrado sem que um candidato conseguisse mais de 50% dos votos.
Quem são os candidatos ao segundo turno em Camaçari
- Caetano (PT)
Caetano já governou a Prefeitura de Camaçari em dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2012. Agora, tenta retornar à prefeitura Pastora Déa como vice-prefeita. O ex-prefeito representa a “Coligação da Mudança”, com os partidos Avante, PSB, PSD, Solidariedade, PODE e a federação composta por PT, PCdoB e PV.
- Flávio (União Brasil)
Apoiado pelo atual governo, Flávio é vereador e tem 44 anos. Ele encabeça a coligação batizada como “Pra Frente Camaçari”, formada por União, PP, PRD, PL, PDT, Republicanos e pela federação PSDB/ Cidadania. O político é também fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Camaçari tem a segunda maior economia da Bahia, atrás somente da capital do estado. O município abriga o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul. o Produto Interno Bruto local de 2023 foi de R$ 33.971 bilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O Polo Petroquímico, fundado em 1978, tem mais de 90 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade como indústrias de pneus, celulose solúvel, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, fármacos, bebidas e serviços. Os empreendimentos empregam cerca de 40 mil pessoas.
G1