Calor e chuvas estão contribuindo para manter ativo o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, no interior de São Paulo.
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta segunda-feira (6) a segunda morte pela doença na cidade. A vítima é uma jovem de 19 anos. A causa da morte foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz.
Em abril, a dengue havia matado um bebê de 5 meses. A cidade, em situação de epidemia, atingiu 8,1 mil casos positivos de dengue.
Clima no interior é “agradável” ao mosquito
“O interior de São Paulo é uma região climaticamente agradável para o mosquito, com calor e umidade. Além disso, há um predomínio do sorotipo 2, que não circulava em grandes proporções há um certo tempo. Por essas razões, há uma epidemia“, afirma o médico e doutor em microbiologia Maurício Nogueira, presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia).
A última epidemia de dengue ocorreu em 2015. Segundo Regiane, a cada três ou quatro anos há um aumento do número de casos. “O que agravou este ano a epidemia foi a circulação do tipo 2. Nos anos anteriores, houve a circulação predominante do tipo 1. Com isso, diminuiu-se o número de pessoas suscetíveis a esse vírus. No entanto, em relação ao tipo 2, as pessoas estão desprotegidas”, ressalta.
O médico explica que há uma maior frequência de casos graves na segunda vez que a doença é contraída. “Isso ocorre devido a um fenômeno imunológico complexo no qual os anticorpos da primeira infecção, em vez de protegerem da segunda, acabam facilitando a multiplicação do vírus”.
Segundo ele, a maioria das pessoas está tendo a segunda infecção por dengue, por essa razão, a maior incidência de casos graves. “Teoricamente, uma pessoa pode contrair dengue quatro vezes, já que há quatro sorotipos do vírus. Mas a terceira e a quatra infecção costumam ser assintomáticas”, afirma.
R7