Como acontece todo ano no mês de outubro, foi iniciada a campanha chamada de “Outubro Rosa” que tem como objetivo conscientizar e alertar a população sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de mama. Porém, não menos importante do que o diagnóstico em mulheres, o homem precisa estar em alerta e conhecer seu corpo, já que essa doença também pode atingi-lo.
De acordo com a Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o número de internações por câncer de mama masculino acontece em menor quantidade, mas não deixa de ser expressivo, já que foram registradas uma média 152.145 internações de 2010 até 2015 na Bahia. Para entender melhor sobre a doença, seus sintomas e o auto-exame, o Varela Notícias conversou com o a oncologista Luciana Landeiro.
A médica explica que inicialmente a doença começa assintomática, mas depois é possível pelo auto-exame sentir os primeiros sintomas. “O paciente pode sentir um nódulo endurecido na mama, uma nodulação na região da axila, um vermelho na pele, uma retração de pele ou retração do mamilo, assim como acontece na mulher.”
Relacionado ao exame de rastreamento da doença, não existe uma mamografia para os homens, que é recomendada acima dos 40 anos para as mulheres, mas ela afirma que é preciso se conhecer: “O homem precisa conhecer a sua mama para saber reconhecer precocemente alguma mudança. Para quem tem um histórico familiar rico em câncer de mama, aí é necessário mais atenção já que é possível a pré-disposição genética.”
Em relação ao tratamento do câncer de mama, a médica afirma que é o mesmo para homens e mulheres: “Parte do tratamento é cirúrgico para retirar o tumor. Eventualmente, pode ser necessário a quimioterapia ou a hormonoterapia, com o bloqueio hormonal, e em alguns casos a radioterapia.” Luciana explica que tudo depende do tamanho do tumor, se ele compromete a axila, os linfonodos e a biologia corporal do indivíduo.
Luciana também explica que as prevenções para o tumor são a prática de atividades físicas de forma regular, manter uma alimentação saudável e manter o peso dentro da normalidade. “Isso reduz a possibilidade do câncer de mama em 28%”, afirma a doutora.
Sobre a utilização de anabolizantes, a doutora afirma que não existem dados de segurança em relação a esses hormônios. “Não dá para se afirmar que, quando é prescrito, uma medicação ou uma reposição hormonal de que aquilo não vai ter uma interferência. Com os dados que nós temos hoje, não dá para dizer se aumenta o risco”, afirma a médica.
Varela Notícias