No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 68 mil ocorrências são esperadas para cada ano do biênio 2018-2019, o que corresponde a um risco estimado de 66,12 novos casos a cada 100 mil homens. A alta incidência e a elevada mortalidade – esta também é a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos – chama atenção para a importância da detecção precoce, que aumenta as chances de cura e controle da doença em até 90%.
“No estágio inicial, o câncer de próstata costuma se desenvolver de forma lenta, quase sempre sem sintomas e de forma silenciosa. Por essa razão, homens a partir dos 50 anos devem fazer o rastreamento periódico e também ficar alertas a alguns sinais que podem indicar que algo não vai bem”, comenta o Dr. Leonardo Otero Pertusier, urologista sênior e coordenador da Urologia do Check-up do Grupo Fleury, detentor da marca soteropolitana Diagnoson a+. Vale lembrar que, o crescimento benigno da próstata pode ocasionar sintomas que se confundem com o câncer e que, necessariamente, não estão relacionados a esta doença. Na dúvida, é necessário procurar o especialista.
Veja abaixo os sinais de alerta:
- dificuldade de iniciar a passagem da urina;
- dificuldade de interromper o ato de urinar;
- urinar em gotas ou jatos sucessivos;
- necessidade de fazer força para manter o jato de urina;
- necessidade de urinar imediatamente;
- perda do controle da bexiga ou intestino;
- sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos);
- sangue na urina ou no esperma;
- dor durante a passagem da urina;
- dor ao ejacular;
- dor nos testículos;
- dor lombar, na bacia ou nos joelhos;
- sangramento pela uretra;
- disfunção erétil;
- fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
Fatores de riscos
Assim como outros tipos de cânceres, os mecanismos que determinam a multiplicação desordenada das células da próstata não são completamente conhecidos, embora se saiba que o fator hereditário faça diferença. “Quem possui parentes em primeiro grau acometidos pela doença, como pai e irmãos, tem de três a 10 vezes mais chances de desenvolvê-la do que o restante da população masculina. Além disso, os afrodescendentes são mais suscetíveis ao tumor maligno da próstata”, explica o especialista.
É comprovado que o avanço da idade está associado ao aumento da probabilidade de desenvolver câncer de próstata. Além disso, enfatiza Dr. Pertusier, é preciso estar atento ao estilo de vida, pois má qualidade de alimentação, obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo são grandes complicadores e podem favorecer o aparecimento da doença. Outro fator que tem sido estudado é a participação dos hormônios masculinos no crescimento do tumor.
Exames
Sobre os exames preventivos, recomenda-se que homens a partir dos 50 anos de idade (45 anos, se tiverem fator de risco familiar) façam o exame de próstata anualmente – o que inclui o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Um exame não substitui o outro, ou seja: ambos são necessários.
Além dessa combinação, outro exame que pode contribuir para melhor diagnosticar o câncer e monitorá-lo, orientando o tratamento mais adequado, é a ressonância magnética multiparamétrica da próstata (RM-MP), que contribui para localizar e identificar a lesão, bem como para estimar sua agressividade. “A utilização da ressonância magnética multiparamétrica para manejo de pacientes com câncer de próstata vem crescendo muito nos últimos anos. O exame ajuda a estratificar o risco dos pacientes, identificando aqueles que se beneficiam de um tratamento mais agressivo e aqueles que podem ser mantidos em observação, sendo acompanhados com protocolo de vigilância ativa. Além disso, pode ser utilizado para aumentar a sensibilidade da biópsia de próstata ao guiar o procedimento, bem como no estadiamento local do tumor e na pesquisa de recidivas locais após a cirurgia”, explica é a radiologista da Diagnoson a+, Dra. Elen Freitas de Cerqueira Cunha.
Genética
Estima-se que entre 5% a 10% dos casos de câncer de próstata são de origem hereditária. A Diagnoson a+ disponibiliza, por meio do Fleury Genômica, o Painel Câncer de Próstata Hereditário, teste que sequencia genes relacionados ao risco de desenvolvimento do câncer de próstata.
A partir do conhecimento do perfil genético do indivíduo é possível ter um plano de acompanhamento personalizado em que o pilar de abordagem segue em conjunto com o rastreamento regular. O exame está disponível para todo Brasil por meio do site www.fleurygenomica.com.br